Betim abrigará nova fábrica de motores da Fiat, com geração de 1.200 vagas

Paulo Henrique Lobato
22/05/2019 às 18:02.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:46
 (Fiat/Divulgação)

(Fiat/Divulgação)

Betim venceu a disputa com a Ásia e receberá a nova fábrica de motores da Fiat, num aporte de R$ 500 milhões, o que eleva para R$ 8,5 bilhões os investimentos programados pela multinacional italiana e fornecedores para o polo da cidade da Grande Belo Horizonte até 2024. A estimativa é que a nova planta patrocine, entre empregos da própria montadora e parceiros, em torno de 1.200 vagas. 

A futura fábrica deverá transformar Betim no maior polo produtor de motores e transmissões da América Latina, com capacidade de produção de 1,3 milhão de unidades por ano a partir de 2020 (data de início da produção dos turbos). A novidade foi anunciada com pompa em evento no complexo de Betim, onde estiveram presentes diretores da montadora e o governador de Minas, Romeu Zema (Novo).

“Os sólidos resultados apresentados pela América Latina nos últimos trimestres, o potencial de crescimento do nosso mercado e, em especial, a versatilidade e alta qualificação da mão-de-obra brasileira foram fatores fundamentais para trazer esse investimento ao Brasil, que disputava com outros países a possibilidade de receber a nova fábrica de motores turbo”, esclareceu o presidente do grupo para a América Latina, Antonio Filosa.

“Essa planta tem uma forte cultura industrial de motores e transmissões e também muita sinergia com as linhas de produção de outras famílias de motores”, acrescentou Claudio Rocha, diretor de Manufatura de Powertrain da FCA para a América Latina. Além disso, há a eficiência logística da instalação da planta no mesmo perímetro industrial da produção de automóveis.

Os novos motores serão capazes de queimar etanol e gasolina, sejam separados ou misturados em qualquer proporção. Além disso, terão compatibilidade de materiais de alguns componentes aos combustíveis latino-americanos, como injetores, válvulas e sedes de válvulas e anéis.

A Fiat informou que "a linha de produção dos motores GSE T3 e T4 já nascerá em ambiente da Indústria 4.0, de forte conexão entre pessoas, máquinas, dados e inteligência artificial. Com capacidade para fabricar 100 mil propulsores por ano, a nova planta reunirá todas as etapas produtivas do motor, desde a usinagem do bloco e cabeçote até as linhas de montagem. Todo o processo é conectado a uma central de gerenciamento, no melhor exemplo de interação entre pessoas, máquina e dados".

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