'BH está aprendendo a importância dos bartenders', afirma a vencedora do Concurso Cocktail Salinas

Frank Martins - Hoje em Dia
08/11/2015 às 09:53.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:23
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

As mulheres estão dominando o mundo. E os bares também! Durante o mês de outubro, 11 bares e restaurantes de Belo Horizonte participaram do Concurso Cocktail Salinas, promovido pela tradicional marca de cachaça mineira. A grande vencedora foi a bartender Fabiana Alcântara, do restaurante Olga Nur.

O drinque Rosemary foi considerado o melhor por destacar a cachaça com sofisticação, tornando-a realmente a estrela do drinque. “Os outros ingredientes foram coadjuvantes, mas cada qual essencial para o requinte conquistado”, afirma Filipe Brasil, mixologista e jurado do concurso. Cachaça Salinas Mix, mais alecrim, mel de laranjeira, gelo esférico e café foram os ingredientes usados.

Indo um pouco além do concurso, um bartender precisa ter muita empatia para sacar o que o cliente realmente precisa. Obviamente ninguém encosta no balcão querendo apenas algo para beber. Pense um pouco: você quer ser atendido bem rápido em um ambiente limpo, fazer seu pedido para alguém que o recebe com um largo sorriso e, só no final do processo ter sua espera recompensada com um drink que lhe desperte sensações ou mesmo emoções.

Tudo isso passa pela cabeça de Fabiana enquanto ela prepara uma bebida que será única. Essa é a importância de um bom bartender: tornar prazerosa, divertida e conduzir de forma responsável a experiência dos clientes de um bar com o álcool.

“Além de ter me dedicado bastante, concorri com pessoas que fazem um trabalho de alto nível em BH. Ter o reconhecimento do trabalho foi incrível. Sou meio nova no mundo da coquetelaria, mas me dediquei muito para chegar a este prêmio. Entrei de cabeça no campeonato”, conta a bartender do Olga Nur.

Segundo Fabi, os bartenders da capital mineira estão mostrando coisas mais elaboradas que uma simples caipirinha e assim conquistando o público.

“Confesso que criar um coquetel tendo a cachaça como item básico não foi um problema para mim. Queria e consegui fazer um drink para valorizar e intensificar o sabor dessa nossa bebida”, fala a criadora do Rosemary, que vai entrar para a carta da casa.

Um drink bastante inusitado

Ainda sobre o Concurso Cocktail Salinas, o “Don’t look at the Gelo” é um nome divertido para uma brincadeira de sabor e cultura. Com uma formiga congelada agarrada ao copo, do tipo daquelas saúvas cabeçudas, o inusitado coquetel chega à mesa do Alma Chef.

Passado o susto inicial, o drink preparado à base de licor de laranja, cachaça, água de flor de laranjeira, xarope de capim santo, a formiga no gelo traz um mix de sabores e curiosidade sobre esse inseto comestível que vem da Amazônia. Incrivelmente, a formiga complementa esses aromas do drink pois tem um sabor muito forte de gengibre com capim santo.

Uma descoberta do chef Alex Atala numa comunidade do interior da Floresta Amazônica e trazida pelo chef Felipe Rameh para o Alma. Vale experimentar, e para quem tem aflição, vai a dica: feche bem os olhos, mastigue o gelo com a formiguinha crocante e saborosa e surpreenda-se com a sensação de morder um crispi de gengibre ou de capim limão.

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