Em mais uma indicação de retração da atividade econômica, o Ministério do Trabalho informou nesta sexta-feira (21) que o mercado formal fechou 157.905 vagas de emprego em julho. Foi o quarto mês seguido de eliminação de postos com carteira assinada no país.
A indústria foi o setor da economia que mais fechou vagas no mês, tanto em números absolutos (64,3 mil postos), quanto em relação ao estoque de empregos no setor no mês anterior (-0,8%). Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Serviços (-58 mil), comércio (-34,5 mil) e construção civil (22 mil) também tiveram cortes expressivos, enquanto o setor agropecuário contratou mais do que demitiu (24,5 mil), por questões sazonais. Esse foi o primeiro julho com corte de vagas formais da série divulgada pelo ministério, com início em 2002.
No ano, o país já perdeu 494,4 mil vagas. A região Nordeste foi a que, proporcionalmente, mais perdeu empregos formais, com o fechamento de 190,4 mil vagas no ano, ou 2,8% do estoque do final de dezembro. O Sudeste perdeu 1,2% das vagas no período, enquanto o Centro-Oeste foi a única região com saldo positivo de empregos (0,89%).
Nesta quinta-feira (20), o IBGE informou que a o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país aumentou para 7,5% em julho, ante 6,9% no mês anterior, refletindo a elevação do número de pessoas que procuram ocupação.