Bravo com críticos, Felipão avisa que psicóloga vai à Granja até 2ª

Gazeta Press
03/07/2014 às 19:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:15
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Psicólogos dizem que Luiz Felipe Scolari não tem condições de lidar da maneira certa com o emocional da Seleção Brasileira e o técnico, por sua vez, contesta a capacidade desses profissionais. Bravo com as críticas, o treinador já avisou que a psicóloga Regina Brandão voltará à Granja Comary até segunda-feira, caso o time elimine a Colômbia nesta sexta-feira, mas não como resposta às contestações que ouviu.

"As interpretações estão erradas. Pelo amor de Deus, parem de achar que fulana vai lá só em determinada hora. Está tudo cronometrado e organizado. E vai lá de novo no domingo ou na segunda-feira conversar novamente porque é uma conversa ampla, tranquila, junto com os jogadores. Não é nada diferente do que estava planejado", afirmou Felipão, irritado.

Sonia Román, primeira psicóloga de Neymar, apontou "loucura" ao falar do trabalho emocional de Scolari. João Ricardo Cozac, psicólogo do esporte, blogueiro da Gazeta Esportiva.net e presidente da Associação Paulista da Psicologia do Esporte, contestou não só o treinador, como a escolha de Thiago Silva como capitão e também a pouca participação de Regina Brandão na Seleção.

A psicóloga, que faz trabalhos para Scolari desde 1993, traçou um perfil de cada um dos 23 convocados antes do Mundial e voltou à concentração na terça-feira, cinco dias após Thiago Silva e o experiente Júlio César chorarem antes mesmo das cobranças de pênaltis contra o Chile, o que psicólogos consideram uma prova de desequilíbrio emocional.

"Ela tem participado de uma forma muito legal e não ganha nada, nenhum centavo. E os jogadores adoram participar de reunião ou contatos por telefone com ela", falou o técnico. "Escrevem maldades. Alguns outros se aproveitam dessa questão. Não sabem o que acontece aqui dentro e colocam opiniões. Eu me admiro que são psicólogos, porque se aproveitam e dão ênfase. Estão errados", bufou.

O técnico está certo de que o discurso de "obrigação de título" usado por ele antes da Copa não deixa o time mais nervoso. "Todos os jogos agora são eliminatórios e os jogadores sabem que podem ser vencidos e ser eliminados. Sabemos que temos uma meta e converso todo dia com os jogadores, perguntando se fui eu que passei a responsabilidade de título para eles. Eles me dizem: ‘não, professor’", contou.

"Se tivéssemos feito diferente, não teríamos o retorno que estamos recebendo da torcida. Temos que assumir e buscar e eles, com qualidade, buscar em campo. Mas, naturalmente, se perdermos porque o outro time foi melhor, não vai terminar a nossa vida. Só que temos que continuar insistindo e buscando a final porque o caminho é esse, com adaptações e melhoras da equipe, mas temos condições de chegar", minimizou.

Irritado, o que é considerado por psicológicos uma prova de sua falta de condições para liderar a Seleção emocionalmente, Scolari ainda esbravejou contra quem criticou sua opção de escolher seis jornalistas para conversar no início da semana, avisando que se reunirá com mulheres da imprensa no fim de semana. "Não pode existir ciúme de homem, pelo amor de Deus. Aí é brabo. Gostou, gostou. Se não gostou, vai para o inferno", enervou-se.

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