(Divulgação)
Na última quinta-feira (31), a rede de fast-food norte-americana Burger King admitiu que alguns de seus hambúrgueres que eram produzidos na Irlanda tinham a presença de DNA equino. Segundo o comunicado, uma empresa terceirizada havia importado a carne de um produtor não aprovado.
"Dentro de 36 horas, estabelecemos que a Silvercrest usou uma pequena porcentagem de carne importada de um fornecedor não aprovado na Polônia. Eles prometeram entregar hambúrgueres de carne 100% britânica e irlandesa e não cumpriram. Este é um desrespeito claro às nossas especificações, e encerramos nossa relação com eles”, informou a empresa em comunicado.
"Os resultados de nossos testes de DNA independentes dos produtos retirados dos restaurantes foram negativos para DNA equino. Mas quatro amostras recolhidas recentemente da fábrica de Silvercrest mostraram a presença de níveis muito pequenos de DNA equino", afirmou.
O vice-presidente de qualidade global da rede, Diego Beamonte, afirmou, em comunicado vinculado no jornal “The Guardian”, que a empresa está incomodada com os resultados e que terá maior controle na produção.
"Vamos nos dedicar a determinar quais as lições que podem ser aprendidas e quais as medidas adicionais, incluindo testes de DNA e maiores controles de origem que poderão ser acrescentados", afirmou.
Contaminação assola o Reino Unido
A descoberta de carne equina em hambúrgueres da rede de fast-food é apenas mais um capítulo do escândalo de contaminação de alimentos bovinos por carne de cavalo que assola o Reino Unido. Essa mistura foi descoberta pelas autoridades de saúde da Irlanda em janeiro, após 27 produtos serem examinados. Ficou constatado que dez deles tinham traços de DNA de equino e 23 continham DNA suíno.
Entretanto, as autoridades inglesas e irlandesas comunicaram que o consumo dos alimentos não traz riscos à saúde. O escândalo levou redes de supermercados a retirarem hambúrgueres das pratileiras, além de pedirem desculpas aos consumidores.