
Eleito para assumir o governo de Goiás a partir de 1º janeiro de 2019, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse ser "difícil de acreditar" nas denúncias de que o médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus, teria abusado sexualmente de frequentadoras da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO).
"É triste. É difícil acreditar em tudo isso", disse Caiado após participar, na manhã desta quarta-feira (12), de uma reunião de seu partido, o DEM, com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. O encontro ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Afirmando não querer antecipar "juízos de valor", Caiado disse que é necessário esperar que os órgãos de investigação e da Justiça façam seus trabalhos. "Caberá aos órgãos competentes levantar a procedência das denúncias e, a partir daí, fazer o julgamento", disse o futuro governador goiano.
Para Caiado, a série de denúncias constrange. "É uma pessoa que sempre teve os melhores conceitos entre pessoas que vêm do mundo inteiro. É até difícil crer em tudo aquilo que foi colocado."
Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), até terça-feira (11), 206 mulheres tinham procurado atendimento alegando serem vítimas do médium. Ontem, os cinco promotores e as duas psicólogas designadas para integrar a força-tarefa criada pelo MP estadual começaram a ouvir os primeiros depoimento de mulheres que afirmam ter sofrido abusos sexuais.
Hoje, o médium João de Deus esteve na Casa Dom Inacio de Loyola por cerca de dez minutos. Antes de deixar o local alegando estar passando mal, ele declarou estar à disposição da Justiça.
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