"Caixa de Areia", com Taís Araújo, estreia em São Paulo

Maria Eugênia de Menezes
13/11/2013 às 10:24.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:07

Caixa de Areia, que chega a São Paulo após cumprir temporada no Rio, é o 14.º texto de Jô Bilac. Com apenas 29 anos, o carioca tem se destacado entre os novos nomes da dramaturgia nacional. Recebeu prêmios, boa acolhida dos críticos, traduções em diversos países e, mais do que isso, tornou-se o autor preferido de intérpretes de certa projeção na televisão à procura de obras contemporâneas.

Lucélia Santos foi atrás de uma criação sua. Angela Vieira protagonizou outra. Maria Maya não ficou só no palco e resolveu produzir a encenação. O expediente se repete agora com Taís Araújo - produtora e atriz do espetáculo, que está em cartaz no teatro Cit-Ecum. "A cada novela na TV, tento sempre intercalar ao menos uma peça. Mas essa foi minha primeira experiência com um teatro alternativo, o que é muito diferente e mais rico", comenta ela. "Ao contrário de peças mais comerciais, em que você só tem que cuidar da sua personagem, aqui, a criação vai além. Somos chamados a opinar sobre tudo."

Ainda que Caixa de Areia não tenha surgido de um processo de criação colaborativa, Jô Bilac costuma escrever alguns de seus textos enquanto os ensaios se desenrolam. "Entrego o texto em capítulos, sem que eles saibam o final", diz ele, que também assume a montagem como diretor, ao lado de Sandro Pamponet.

A história de uma mulher, que se coloca diante da vida de forma distanciada, incapaz de se envolver afetivamente com quem está a seu redor, é a terceira parte de uma trilogia do jovem escritor. Na primeira, Savana Glacial (2011), ele investigava a mente de um ficcionista. Na seguinte, Popcorn (2012), as atenções recaíam sobre a obra de arte em si - um best-seller escrito por uma dona de casa em sua estreia como literata. Tema que, como se pode imaginar, convocava o espectador a olhar para questões correlatas, como plágio, direito autoral e adaptações. Caixa de Areia encerra o ciclo ao escrutinar quem está do outro lado da trincheira da produção artística: uma crítica.

CAIXA DE AREIA - CIT - Ecum. Sala 2. Rua da Consolação, 1.623, tel. 3255- 5922. 6ª e sáb., às 21 h; dom., às 20 h. R$ 20/ R$ 40. Até 15/12.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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