Câmara transforma gabinetes em "call center" de campanha

Ezequiel Fagundes - Do Hoje em Dia
01/09/2012 às 13:37.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:56
 (Emmanuel Pinheiro)

(Emmanuel Pinheiro)

Em plena campanha eleitoral, a Câmara Municipal de Belo Horizonte abriu os cofres para dar um presente conveniente para os 39 vereadores que brigam por mais um mandato. Ao custo de R$ 427 mil, a Câmara autorizou a abertura de duas licitações públicas para contratar empresas especializadas na ampliação da rede telefônica.

Conforme o edital de um dos contratos, serão adquiridos e instalados 598 aparelhos telefônicos de última geração que serão utilizados pelos vereadores e servidores do Legislativo. Cada um dos 41 gabinetes que têm, hoje, quatro ramais passarão a ter dez linhas disponíveis, de acordo com o contrato disponível no site da Casa na internet.

A previsão é de gasto de R$ 386.210,66 para contratar uma firma responsável pela ampliação de rede telefônica que, por sua vez, vai fornecer os equipamentos e manutenção.

Outros R$ 41.200 serão destinados para contratar a outra empresa, que será responsável pelo fornecimento dos cabos de instalação.

A segunda licitação, modalidade pregão presencial, foi finalizada em agosto. Já o primeiro contrato, uma tomada de preços, está em andamento com previsão de abertura das propostas no início de setembro.

Os dois contratos podem ser prorrogados, dependendo do interesse das partes.

Tecnologia de ponta

O edital cita, como exemplo de serviço, o fornecimento de Bina, disponibilidade de aparelhos digitais para a secretária do gabinete e para o vereador, ao menos um aparelho sem fio, implantação de um sistema de senhas para categorizar os usuários que poderão fazer ligações interurbanas e para celulares, além de interface do sistema com aparelhos de fax e microcomputadores.

As características dos 118 aparelhos digitais são especiais. Os telefones terão de ter mostrador de cristal líquido, serviço de operação "chefe secretária, conversação em viva-voz full duplex, estabelecimento de ligações sem retirada do monofone do gancho e armazenamento das últimas ligações não atendidas".

Os 300 aparelhos analógicos têm que oferecer dois volumes de campainha, tecla de mudo ou uma tecla específica de espera e tecla de sigilo e rediscagem do último número discado.

Já os 42 aparelhos sem fio a exigência é a de que eles tenham viva voz, display luminoso, toques polifônicos, registro de dez chamadas recebidas, dez não atendidas e dez realizadas, agenda para 70 nomes e números, além da função de bloqueio de teclados.
 
Justificativa


A assessoria da Câmara alegou que "se encontra atualmente com uma central telefônica desatualizada e com capacidade insuficiente para atender as demandas de comunicação por voz dos gabinetes parlamentares e dos setores administrativos".

Outra justificativa da assessoria é a de que "cada gabinete possui hoje quatro ramais disponíveis, o que nitidamente limita a capacidade de trabalho dos vereadores".

Ainda segundo a assessoria da Câmara, "com a solução a ser contratada busca-se aumentar a capacidade telefônica de cada gabinete, ampliando o número de ramais de quatro para dez, além de acrescentar novos serviços".

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