(GM/Divulgação)
A máxima da indústria automotiva norte-americana – “Nada substitui as polegadas cúbicas” – está perdendo força, já que as três grandes de Detroit (General Motors, Ford e Chrysler) têm dado passos largos rumo ao chamado downsizing, conceito que prevê a redução do tamanho dos motores para diminuir o consumo e emissão de poluentes, mas mantendo o desempenho dos motores grandalhões.
Isso não significa que os V8 gigantescos morrerão depois de amanhã, mas acena que a aplicação dessas unidades se tornou menos presente. O lançamento da nova geração do Chevrolet Camaro chamou atenção mais pela inclusão de um motor turbo 2.0 de 275 cv do que pelas linhas futuristas do intérprete do Bumblebee.
A GM seguiu os mesmos passos da rival Ford, quando esta lançou a nova geração do Mustang, no final de 2013, com uma unidade turbo EcoBoost 2.3 litros, que acaba de ser revisada para gerar 310 cv.
E uma prova de que os motorzinhos turbinados podem ser mais eficientes e zangados do que as unidades maiores e alimentação natural está na oferta de torque do 2.0 contra o V6 3.6 aspirado. A unidade turbo dispõe de 40,8 mkfg de torque contra 39,3 mkfg da versão maior. Ou seja, consegue ser mais forte com menor capacidade volumétrica, o que, em tese, reduz o consumo.
Apesar de os puristas do Pony Car da Chevrolet torcerem o nariz para o motorzinho, o Camaro 2.0 acelera de 0 a 100 km/h em 6 segundos, que dá até para fazer bonito numa disputa de quarto de milha, apesar de faltar potência para atingir uma velocidade elevada antes dos 400 metros.
Assim como na Europa e Japão, a palavra de ordem na indústria norte-americana passou a ser a eficiência. Quando se visita um site de qualquer marca, diante de cada modelo há um destaque para as informações de consumo e emissões de gases nocivos.
Agora falta a Dodge apresentar sua versão downsizing para Challenger e Charger. Basta ao Grupo FCA dar uma anabolizada no turbo do Tigershark 2.4 de 184 cv do Dart.