Campanha propositiva no primeiro turno adotou um tom mais agressivo no segundo

Tatiana Moraes e Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
30/10/2016 às 16:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:27
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Com 91,96% das urnas apuradas, e Alexandre Kalil (PHS) liderando a corrida eleitoral com 53,27% dos votos válidos, contra 46,73% do tucano, o clima é de incerteza.  

Esta é a terceira vez que João Leite (PSDB) é candidato à prefeitura de Belo Horizonte. Nas outras duas vezes, foi  derrotado. No Legislativo, começou em 1992, quando foi eleito vereador. Como deputado estadual, cumpriu seis mandatos consecutivos, integrando as comissões do Consumidor, do Meio Ambiente, dos Direitos Humanos e Segurança Pública, tendo sido presidente dessas duas últimas. Entre as propostas de campanha para prefeito da capital, estão equipar a Guarda Municipal, criar mais vagas em creches e fazer uma capacitação permanente dos educadores.

Neste segundo turno, o candidato votou na hora do almoço, no Colégio Estadual Central, acompanhado dos senadores Aécio Neves e Antônio Anastasia, do ex-governador de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho e da família. João Leite pediu aos eleitores cautela no voto. "Você precisa saber escolher quem vai cuidar da educação dos seus filhos, da saúde da sua família, e nós tivemos a campanha mais preparada, temos mais experiência", explicou.

Aécio comemorou o que chamou de "queda do maior adversário político do partido", o PT,  e destacou o sucesso do PSDB, que disputa o 2º turno em várias capitais. "Sabemos que, historicamente, quem vai bem nas eleições municipais também conquista apoio nas eleições nacionais. 

A campanha

Durante o primeiro turno da campanha eleitoral, João Leite priorizou as propostas de governo e as mudanças para melhorar a capital mineira, conquistando o primeiro lugar com 33,40% dos votos (395.952). Já no segundo turno adotou uma postura mais agressiva, alegando que Kalil finge não ser político, quando, na verdade, mantém relações tanto com o PT quanto com o PSDB. E ainda que, na campanha de reeleição de Márcio Lacerda, levou o Galo Doido, mascote do Clube Atlético Mineiro, para pedir votos para o então candidato apoiado por tucanos e petistas.

No segundo turno, João Leite foi ultrapassado pelo adversário nas intenções de voto dos eleitores. E nessa última semana, os dois apareceram empatados tecnicamente. Fora da política, a história de Leite também está ligada ao futebol das décadas de 70 e 80, principalmente na atuação como goleiro do Atlético Mineiro, clube em que estreou aos 21 anos de idade. Ao todo, foram 16 anos dedicados ao esporte, incluindo a participação na Seleção Brasileira, comandada por Cláudio Coutinho e Telê Santana nos anos de 1981 e 1982.

João Leite nasceu em Belo Horizonte no dia 13 de outubro de 1955. É filho de funcionária pública e de policial civil. Casado, pai de três filhos e formado em História pelo Centro Universitário de Belo Horizonte.

  

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