Candidato do PSDB diz que o PT ‘virou as costas para Minas Gerais’

Izabel Zoglio - Hoje em Dia
Hoje em Dia - Belo Horizonte
17/02/2014 às 08:09.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:04
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

O pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, afirma que uma das estratégias da campanha será mostrar ao eleitor que o modelo petista não é eficiente para resolver questões fundamentais da sociedade, como segurança, infraestrutura e mobilidade urbana. O advogado, ex-prefeito de Belo Horizonte, ex-deputado, ex-ministro, que por mais de dez anos atuou apenas nos bastidores da política, assume agora o compromisso de mobilizar o Estado para uma dupla conquista: o governo de Minas e a presidência da República. Uma tarefa para a qual ele se diz muito estimulado. Vencer em Minas é crucial para o partido e Pimenta da Veiga admite que a disputa será acirrada. Do outro lado, está também um ex-prefeito e ex-ministro do PT, Fernando Pimentel, que terá como principal cabo eleitoral o ex-presidente Lula. O pré-candidato tucano afirma que quer realizar uma campanha alegre, mas que o partido não irá se furtar de fazer críticas aos adversários. Pimenta da Veiga declara também que o governo da presidente Dilma abandonou Minas e isso será enfatizado nos discursos da campanha. Uma campanha que, para ele, será histórica.

Depois de mais de dez anos afastado da visibilidade política, o senhor decidiu voltar. O que motivou essa decisão?
Nunca estive inteiramente fora da vida pública. Sempre que fui convidado a participar, a dar opiniões, eu fiz isso. Portanto, estava ligado às coisas de Minas. O que ocorreu foi que prefeitos, deputados, me procuraram pedindo que voltasse de modo mais integral. E isto ocorreu em várias ocasiões, até que recebi apelos das principais lideranças do partido no Estado. Considerei que pelo momento que vivemos, especialmente depois daquelas manifestações de ruas, eu não poderia ficar de fora.

O senhor já sabia que seria lançado candidato do partido?
Voltei disposto a dar uma contribuição irrestrita. E, evidente que considerando a trajetória que eu já tinha cumprido na vida pública, sabia que havia possibilidade de que meu nome fosse lançado para a disputa deste ano. Mas não voltei com esse propósito específico.

Foi um pedido do senador Aécio Neves?
Ele também me estimulou.

O anúncio do seu nome foi, de certa forma, antecipado. Isso se deveu a uma coincidência com a vinda do ex-presidente Lula para anunciar a candidatura do ex-ministro Pimentel?
Não. A minha regra é a seguinte: eu cuido da nossa pré-campanha. Os adversários têm direito de fazer o que quiserem. Se for alguma coisa que mereça resposta, terá. O que quero é que o nosso lado esteja bem organizado. Estamos certos de que faremos uma bela campanha, com sentimento ético, pregando ideias.

Qual vai ser então o tom da sua campanha?
Nós estamos iniciando agora, depois do dia 20, uma caminhada por mês, onde nós vamos ouvir os mineiros. Não serão grandes reuniões públicas, com número extraordinário de pessoas. Serão reuniões para ouvir os anseios de cada região. Nós queremos conhecer como eles avaliam nosso trabalho e como eles gostariam que fossem os próximos anos. Foi assim que governei Belo Horizonte quando fui eleito prefeito, iniciando aqui o orçamento participativo, ouvindo as comunidades. É evidente que vou estimular alguns assuntos. Na região metropolitana quero saber como o morador vê a questão da segurança, da mobilidade, e no Estado quero saber qual é o sonho que os mineiros têm quanto à educação. O que pretendo é que Minas Gerais seja conhecido como o Estado da inovação. E para isso é preciso que a educação, a ciência e a tecnologia avancem muito.

O senhor já tem propostas concretas?
Estamos formando uma grande equipe para redação do programa de governo.

O PSDB vai mudar os pontos que o senhor considera que foram frágeis nas últimas disputas?
Vamos ter dois trabalhos na campanha. O primeiro é evidenciar as qualidades do PSDB. Temos governos transformadores. Como na criação do Real e na criação das agências reguladoras. E a lei de responsabilidade fiscal, que mudou o conceito do administrador brasileiro. Mas vamos apresentar ideias novas. A questão da segurança no Brasil é preocupante. É impossível uma segurança de alta qualidade em Belo Horizonte se o governo federal não cuidar das fronteiras. É por lá que entra a droga que é responsável por 50% do índice de criminalidade do Brasil. Como é que você pode reduzir, melhorar a qualidade da segurança se você tem uma fonte externa que é responsável por metade da criminalidade? Portanto ninguém, em nenhum ponto do território brasileiro conseguirá uma segurança aceitável sequer se o governo federal não cumprir a parte dele. E o governo federal não tem cumprido. Os brasileiros querem mudança. E nós vamos fazer isso. Há maneiras muito melhores de governar o país do que o modo petista de governar.

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