Candidatos apelam para “bandeiraços” e campanha invade ruas

Lucas Simões
lsimoes@hojeemdia.com.br
28/09/2018 às 19:47.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:42
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Até então excluídos desta campanha eleitoral, focada na internet, santinhos e outros materiais gráficos começaram a infestar a capital. Faltando uma semana para o pleito, candidatos a deputado, ao Senado e ao governo apelam a panfletagens e bandeiraços para chamar a atenção do eleitorado em regiões como a Praça 7 e a Savassi, em Belo Horizonte.

Todos os partidos vão intensificar a distribuição de materiais gráficos nos próximos dias. No PT, o deputado federal Reginaldo Lopes diz que o foco dos candidatos vai ser o Centro e também universidades. “Haverá um reforço, claro”, diz. 

Do lado do PSDB, Domingos Sávio admite que, apesar de terem menos dinheiro, “os candidatos não abrem mão dos santinhos e de outras peças que o eleitor já conhece bem”.

Para o cientista político Mauro Bonfim, os candidatos devem aproveitar os últimos dias de campanha para aumentar a distribuição de materiais gráficos. 
“Não vamos ficar livres daquela cena clássica no dia da eleição, quando vemos o chão coalhado de santinhos de diversos candidatos. Eles demoraram para intensificar a distribuição, mas nos dois últimos dias de campanha o volume de panfletos e ‘colinhas’ vai aumentar ainda mais”, diz. 

Apesar de uma campanha mais enxuta, os dois principais concorrentes ao governo de Minas, Fernando Pimentel (PT) e Antonio Anastasia (PSDB), não abdicaram de gastos com materiais gráficos. 

O petista investiu R$ 1,2 milhão, sendo R$ 104 mil para confecção de 500 mil “colinhas”. Já o tucano gastou R$ 1,1 milhão, sendo R$ 110 mil em adesivos.

Romeu Zema (Novo) é o terceiro candidato que mais investiu em peças gráficas, somando R$ 322 mil, sendo R$ 126 mil destinados a santinhos e “colinhas”. 
“Fizemos adesivos, santinhos e o programa de governo. Algo bem específico, só o necessário ao eleitor”, afirma o coordenador da campanha de Zema, Leonardo Grôppo.

Entre os gastos mais modestos estão o de Adalclever Lopes (MDB), que investiu apenas R$ 11.730 em botons e santinhos, e o de Dirlene Marques (Psol), que gastou R$ 26 mil com santinhos e panfletos. 

Até o momento, o TRE-MG recebeu 1.039 denúncias de propagandas eleitorais irregulares. A maioria são relativas a santinhos (160 casos) e adesivos incorretos (131).

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