Carlos Viana é escolhido como relator da CPI de Brumadinho no Senado

Da Redação*
13/03/2019 às 15:37.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:46
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

O senador mineiro Carlos Viana (PSD) será o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que vai apurar as causas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ocorrido no dia 25 de janeiro, e que deixou 201 mortos e 107 desaparecidos até o momento. O parlamentar foi escolhido por aclamação, bem como a presidente, senadora Rose de Freitas (Pode-ES), e o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 

No início da tarde desta quarta-feira (13), a CPI foi oficialmente instalada, um sinal verde para o início das atividades da comissão. Os cargos foram definidos durante a primeira reunião dos integrantes da comissão no Senado. Assim que foi instalada, a primeira medida adotada foi de convocação do ex-presidente da Vale, Fábio Scharvtsman, e do presidente interino da mineradora, Eduardo Bartolomeo, para prestarem esclarecimentos, pedido que foi aprovado pelos membros da comissão.

Os senadores também aprovaram a apresentação de um plano de trabalho para a comissão, que deverá ser apresentado no próximo encontro. "No que depender dessa CPI, a investigação será feita e os culpados serão responsabilizados. Minas Gerais não pode mais assistir ao que tivemos em Mariana. Precisamos recuperar o espaço do governo de regular o setor, que não pode colocar a vida das pessoas em risco", disse o senador Carlos Viana. Já a presidente da comissão, Rose de Freitas, disse que o objetivo da CPI "não é fazer protagonismo político, mas para trabalhar".

Apesar de não terem poder de punir a empresa, as CPI's são instrumentos de pressão política, podendo requisitar documentos, interrogar autoridade e recomendar o indiciamento de pessoas ou empresas. 

Os outros membros titulares da comissão são: Antonio Anastasia (PSDB-MG), Selma Arruda (PSL-MT), Dário Berger (MDB-SC), Márcio Bittar (MDB-AC), Jorge Kajuru (PSB-GO), Telmário Mota (PROS-RR) e Wellington Fagundes (PR-MT) . Já os suplentes da CPI são Roberto Rocha (PSDB-MA), Leila Barros (PSB-DF), Jean Paul Prates (PT-RN) e Otto Alencar (PSD-BA).

Instalação só ocorre um mês após criação

Apesar de só ter sido oficialmente instalada nesta quarta, a CPI de Brumadinho tinha sido criada ainda no dia 12 de fevereiro. Ela aguardava o encaminhamento do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para ser oficialmente instalada. O presidente da casa era favorável à criação de uma comissão mista, formada por senadores e deputados, porém, a ideia não foi para a frente.  De acordo com Alcolumbre, não houve entendimento entre Senado e Câmara.

Na Câmara dos Deputados, o presidente Rodrigo Maia também determinou que uma CPI fosse criada. Lá, ela ainda não foi instalada. Em meio à indefinição, a bancada mineira na Câmara chegou a protocolar um pedido de criação de comissão mista para investigar a tragédia.

(Com Estadão Conteúdo)

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