Interesse pelas artes visuais é crescente em BH

Clarissa Carvalhaes - Hoje em Dia
Publicado em 24/12/2014 às 10:41.Atualizado em 18/11/2021 às 05:28.
 (Anna Ftg)
(Anna Ftg)
O gosto pelas artes visuais é crescente entre os belo-horizontinos. O Circuito Cultural Praça da Liberdade, a Grande Galeria do Palácio das Artes e o Inhotim são alguns dos espaços responsáveis por despertar este interesse nos últimos anos. Acrescenta-se a isso, a inserção da capital mineira no roteiro das grandes exposições internacionais.

Para gestores de importantes espaços, que trouxeram para a capital artistas e obras de renome internacional, vários fatores contribuem para a popularização das mostras de arte: além do real e significativo aumento da oferta e da qualidade dos serviços, houve, sobretudo, a abertura de diálogo das instituições com o público.

Seja na abordagem gentil e hospitaleira ao visitante espontâneo, seja em ações educativas, onde estudantes são motivados a descobrir outras formas de expressão – consequentemente, apresentá-las à seus familiares–, o resultado é o que se vê: maior interesse pelas artes. “As pessoas estão se sentindo acolhidas”, comemora o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira.

“O público de BH sempre foi sedento por exposições, mas não havia oferta. As mostras que trouxemos comprovam isso”, destaca Lima. E os números confirmam: em 2009, as exposições de Chagall e Rodin levaram 125 mil pessoas à Casa Fiat de Cultura. Em 2012, Caravaggio e De Chirico atrairam 175 mil visitantes.

A diretora de programação da Fundação Clóvis Salgado, Erika Ziller, destaca que a recente abertura de novos espaços expositivos na cidade, com condições técnicas e infraestrutura adequadas para abrigar mostras de grande porte e alto padrão de qualidade, “têm contribuído para incrementar o circuito de artes visuais”.

A fundação também comemora seus números: a exposição “Genesis”, de Sebastião Salgado, foi a de maior visitação do Palácio das Artes em 2014: com quase 108 mil pessoas. Em 2013, “A magia de Escher” atraiu mais de 200 mil pessoas para o mesmo espaço.

“Sabe o que tem me deixado muito feliz? Ver espaços expositivos se transformando em pontos de encontro espontaneamente. Essa é uma resposta de que nossos esforços têm valido a pena”, diz o gerente geral do Centro Cultural Banco do Brasil, Carlos Nagib. Por lá, aliás, 119 mil pessoas foram conferir a mostra “Visões” neste 2014 – o segundo ano do CCBB em Belo Horizonte.
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