A neve tem caído intensamente na região de San Carlos de Bariloche, na Patagônia Argentina, neste inverno. Se em muitos lugares isso pode ser visto como um transtorno, em uma estação de esqui isso costuma ser encarado como uma ótima notícia. E realmente é: as pistas do Cerro Catedral e outras estações de Bariloche receberam nos últimos dias uma nova camada de neve, que, depois de preparada adequadamente para a prática de esportes, deixaram os percursos no ponto para ser visitada pelo contingente de brasileiros e argentinos que invadem Bariloche todo inverno.
 
É tanto brasileiro por lá nesta época do ano que a cidade recebe o apelido – não exatamente carinhoso – de “brasiloche” por parte dos argentinos. No comércio e nos hotéis, o português já é a segunda língua.
 
Julho é o auge do fluxo de brasileiros para Bariloche. Em agosto, a cidade recebe mais os argentinos e, especialmente a partir da segunda quinzena, norte-americanos e europeus, que, escolados, sabem ser um período mais vazio nas pistas.
 
É claro que a prática de esqui e snowboard é o carro-chefe do turismo de Bariloche nesta época do ano. Mas esta linda região da Patagônia reserva outras surpresas e atividades para os visitantes.
 
Para começar, tem hotéis e pousadas para todos os orçamentos e estilos. Dos mais simples e econômicos às pousadas exclusivas e hotéis butiques, confortáveis e luxuosos.
Além das estações de esqui, outros passeios muito interessantes são aos refúgios, onde se praticam outros esportes de neve, como a caminhada com raquetes de neve. Trilhas para veículos 4x4 também são muito procuradas.
 
À noite, bons restaurantes, pubs e bares animam os turistas. E tem boates e shows também, para os mais entusiasmados. Bariloche é sempre uma festa.
 
No alto dos Andes, uma vista incrível na Patagônia
 
Há muita neve na região de Bariloche neste momento. E o frio, claro, também é intenso, com temperaturas sempre variando entre 0 e 10 graus centígrados durante o dia, frequentemente caindo para 10 a 15 graus abaixo de zero no fim de tarde e à noite.
 
Se seu interesse for mesmo esquiar, você pode adquirir os passaportes (para dois, três ou mais dias de subida) daqui mesmo, do Brasil, tanto através do site do Cerro Catedral (catedralaltapatagonia.com) quanto através de seu agente de viagens.
 
Na alta temporada, o valor para um dia de esqui, para adulto, é de 790 pesos (cerca de R$ 290). Na média, cai para 675 pesos.
 
E acredite: há quem goste de subir ao alto das estações, mas passam longe do esporte. Gostam mesmo é de ir no teleférico, admirando a paisagem e, uma vez no topo, entrar no refúgio ou no restaurante e tomar um bom chocolate quente, vendo a vista.

O Centro Cívico fica na parte histórica de Bariloche. Foto: Emprotur Bariloche/Divulgação
 
Pronta para o turismo
 
Fundada em 1902, há anos Bariloche vem se aperfeiçoando e criando novas opções de turismo para todas as estações do ano. A cidade recebe por ano cerca de 700 mil turistas de várias partes do mundo. São quase 300 estabelecimentos para hospedagem, com hotéis de nível internacional, hosterias (pequenos hotéis com no máximo 15 apartamentos), cabanas e albergues juvenis.
 
A comida é outro destaque da Patagônia Andina. Em Bariloche existem cerca de 200 estabelecimentos, entre restaurantes de gastronomia internacional, parrillas (churrascarias), pubs, confeitarias (ah, os chocolates...) e casas de chá, acabam com qualquer regime. Truta, salmão, carnes de cervo e javali estão entre os pratos típicos da gastronomia regional, além do tradicional churrasco argentino.
 
Beber a tradicional cerveja argentina Quilmes é quase uma obrigação na viagem, mas outras marcas artesanais da região, como a Araucana, fabricada em El Bolsón, ao sul de Bariloche, dão um prazer à parte. Melhor ainda se estiver acompanhada de uma porção de cracas, aperitivo de queijo.
 
Para um lanche rápido, nada melhor que um “tostado”, que é o nosso misto quente.. Para os amantes do chocolate, cai bem provar “cubanitos” - rolinhos de waffer, semelhantes a um charuto, recheados com doce de leite com as pontas de chocolate.

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