Com Áurea Carolina de Covid-19, Léo Péricles vira ‘cabeça-de-chapa’ e acredita em 2º turno

Alexandre Simões
@oalexsimoes
15/11/2020 às 13:12.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:03
Candidato diz que só o socialismo trará uma resposta para a violência (Alexandre Simões/Hoje em Dia)

Candidato diz que só o socialismo trará uma resposta para a violência (Alexandre Simões/Hoje em Dia)

O mandato coletivo é uma marca de Áurea Carolina (PSOL) desde a eleição como vereadora, há quatro anos, quando teve a maior votação entre os eleitos e a Câmara Municipal de Belo Horizonte ganhou a Gabinetona. E seguiu fazendo parte da sua trajetória na Câmara dos Deputados, a partir de 2019. Na corrida pela Prefeitura de BH, ela não vai contar com o próprio voto. Diagnosticada com a Covid-19 no final da semana passada, está cumprindo isolamento. Isso fez de Léo Péricles, seu candidato a vice, o “cabeça de chapa” neste domingo (15), dia das eleições municipais.

“Uma pesquisa recente do Datafolha mostrou que sou o candidato a vice mais conhecido. É fruto de um trabalho coletivo. A compreensão não só da Gabinetona, como da Áurea, dos companheiros do PSOL. O trabalho que estamos desenvolvendo é em unidade. Não é só uma frente formal. Somos constituídos por partidos que têm compromisso com o coletivo”, afirma Léo Péricles, que no final da manhã deste domingo votou na Escola Estadual Ilacir Pereira Lima, no Cachoeirinha.

Segundo ele, não existe um bairro onde foram nesta campanha que não tivessem ótima recepção. Por isso, ele acredita que as pesquisas, que mostram Áurea na terceira colocação, e com um cenário de vitória de Alexandre Kalil no primeiro turno, podem não mostrar a realidade da eleição em Belo Horizonte.

Léo revelou ainda que Áurea Carolina está tendo sintomas leves da Covid-19 e que a expectativa deles é de ainda ter mais caminhada na busca pela Prefeitura de Belo Horizonte.
“Combinas que no dia 23 vamos nos encontrar de novo para fazermos a campanha da reta final do segundo turno. Estamos confiantes”, revelou Léo.

Esquerda

Historicamente uma cidade com prefeitos de esquerda até o final da década passada, Belo Horizonte teve este cenário mudado a partir da eleição de Márcio Lacerda, em 2008, numa aliança entre o PT, de Fernando Pimentel, e o PSDB, de Aécio Neves.

“Nos últimos anos, houve setores da esquerda que abandonaram os seus princípios. Ao fazer isso, se afastaram do conjunto do nosso povo, principalmente o mais pobre. Como não há espaço vazio na política, ele passou a ser preenchido por setores da direita, extrema direita e até fascistas. Mas há um trabalho de rearticulação da esquerda sob outro polo. Não da conciliação, mas do enfrentamento de setores que sempre governaram contra o nosso povo”, afirma Léo Péricles.
Com a esperança de chegar ao segundo turno, ele garante que a candidatura de Áurea Carolina e dele está aberta a apoios de todos os partidos que se identificam com as propostas da chapa.

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