Com o estilo focado no conforto e na praticidade, a designer e ilustradora Luisa de Almeida Magalhães Simão, 29 anos, tem o costume de “roubar” camisas e até calças do maridão (o arquiteto e músico Wagner Costa).

“Uso muito blazer grande, camisa de homem. Já peguei até calça dele. Corto e faço short. Odeio tudo que me aperta”, justifica a empresária, que cria os maravilhosos vestidos de noiva e para meninas de 15 anos do Atelier Lu Simão, em Lourdes. Detalhe: ela assina também o figurino do segundo curta do estilista Rodrigo Fraga, a ser lançado em breve.

Para equilibrar os looks inspirados no mestre Yves Saint Laurent, famoso estilista que usou com maestria elementos do guarda-roupa masculino na moda feminina, Lu (como é conhecida por todos) abusa da feminilidade de calçados com saltos nas alturas (os preferidos são os da marca Luana Jardim), bolsas tipo carteira (a maioria da Adô Atelier) e calças skinny.

Lu também ama vestido, principalmente modelito black. “Vestido preto deixa a gente gata e também emagrece. É tudo”, garante a mãe de Manuela, que completa dois meses dia 27. De tanto usar este tipo de peça durante a gravidez, Lu pretende, por hora, deixar de lado os vestidos. Prefere roupas básicas e não é muito fã de estampas.
“Gosto de neutralizar o look com roupa sem estampa para as minhas tatuagens aparecerem”, diz a moça, que começou a fazer as tattoos aos 23 anos.

Sem se apegar a marcas específicas, a exigente estilista investe em peças atemporais –leia-se calças de alfaiataria, blazers e alguns coletes herdados da mãe e que ela gosta de apelidar como peça vintage. “Depois que comecei a fazer roupa fiquei muito exigente com o acabamento das peças e procuro por preço justo”.

De cara limpa (apenas um batom vermelho para destacar a cútis branquinha) e exibindo silhueta de dar inveja, a mãe de primeira viagem posou, linda e esguia, para o Bela, exatos 33 dias após o parto. Pudera! A estilista engordou parcos sete quilos durante a gestação. “Cuidei muito bem da alimentação desde o dia em que fiquei sabendo que estava grávida. Fiz atividade com personal até o terceiro mês e me sinto bem disposta”, conta a estilista que se considera vaidosa, mas faz questão de dizer que não é extremista.

“Uso maquiagem ‘basicona’. Odeio fazer maquiagem em salão. Fico parecendo travesti”, conta, com uma risada. Para ela, o melhor da moda é a possibilidade de construir personagens múltiplos. A parte ruim é restringir o tema a roupas. “Com a moda posso ser uma personagem no ateliê, outra na balada. É um grande barato poder usar o que quiser, quando quiser”.

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