(Luiz Costa - 08/08/2009)
Os lojistas de Belo Horizonte preveem um aquecimento do comércio na primeira data comemorativa do segundo semestre deste ano. Segundo pesquisa da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-BH), a expectativa é a de que as vendas aumentem 1,98% no Dia dos Pais na comparação com o ano passado. Embora longe do registrado em 2010, quando a previsão era de alta de 4,90% na comparação com o ano anterior, o índice de confiança é o maior desde 2012, antes da crise que assola o Brasil. O faturamento dos comerciantes, conforme o estudo, deve chegar a R$ 1,8 bilhão.
As roupas, mais uma vez, serão as vedetes da data comemorativa, a primeira do segundo semestre. O levantamento aponta que 29,7% dos consumidores devem optar pelas vestimentas.
Na loja L’uomo, localizada no Shopping 5ª Avenida, a previsão é de aumento de 10% nas vendas na comparação com o Dia dos Pais do ano passado. De acordo com o proprietário do estabelecimento, Alessandro Runcini, o movimento de alta indica a reversão da crise.
“Ainda falta muito para chegarmos ao movimento de 2010, que foi um ano muito bom, mas já é um começo. Chegamos ao fundo do poço nos últimos anos e agora começa uma retomada. Isso é ótimo para os negócios”, afirma o empresário, que também é diretor do conselho CDL Savassi.
Para o vice-presidente da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar, a recuperação econômica será lenta, mas o otimismo do empresariado revelado pela pesquisa do Dia dos Pais indica que a ascensão econômica será gradual. “É o melhor índice dos últimos seis anos. As empresas maiores estão apresentando bons resultados financeiros e, como consequência, estão contratando. O reflexo aparece diretamente no comércio”, afirma.
Preferência
Com 13,9%, o item que aparece em segundo lugar entre os mais consumidos no Dia dos Pais são os acessórios. Nessa categoria de presentes estão as carteiras, cintos, meias e gravatas. “Como esses produtos têm preço melhor, muitas pessoas optam por eles”, justifica Runcini.
No próximo Dia dos Pais, conforme a CDL-BH, os belo-horizontinos vão gastar R$ 121,63 em média. A maior parte dos consumidores (36,3%), no entanto, comprará presentes com valores entre R$ 50 e R$ 100.
A forma de pagamento será o cartão de crédito. A pesquisa aponta que 77,6% parcelarão com o dinheiro de plástico. A quantidade de consumidores que vai pagar no débito é ínfima: 1,3%. O número de pessoas que utilizará o dinheiro também é baixo: 3,4%.
Para atrair o cliente, a boa e velha promoção será utilizada. O estudo indica que 42,8% dos lojistas pretendem reduzir o valor de algum item exposto na loja. Já as propagandas serão usadas por 15,6% dos comerciantes.