
Em Belo Horizonte, a falta de sinalizações de ajuda concreta a setores econômicos e à população mais frágil reforça a sensação de uma crise gigantesca e sem precedentes.
Até o momento, a prefeitura da capital, por exemplo, ofereceu a comerciantes e prestadores de serviços afetados pela pandemia a prorrogação de pagamento de parcelas do IPTU 2020, de abril a dezembro do ano passado, e de taxas municipais, além de outras medidas que dependem de aprovação da Câmara Municipal.
Isso para empresas que tiveram suspensos os seus Alvarás de Localização e Funcionamento (ALFs) ou autorizações de funcionamento no ano passado.

Presidente da CDL, Marcelo de Souza e Silva tenta postergação do início de pagamento de empréstimos feitos em 2020
Conforme a PBH, o início dos referidos pagamentos foi prorrogado até 31 de dezembro de 2021. Os tributos poderão ser pagos em até seis vezes, a partir da primeira parcela em 31 de dezembro.
Na próxima semana, contudo, o Executivo municipal deve enviar à Câmara Projeto de Lei com novas medidas de amparo econômico. O texto deve ter como base um pacote de medidas que prevê a eliminação de taxas municipais - algo que, de acordo com a PBH, beneficiaria aproximadamente 200 mil empreendedores e teriam um impacto de desoneração de mais de R$ 28 milhões por ano.
Enquanto o aguardado socorro não chega, empresários do setor do comércio e de serviços – responsáveis por 72% do Produto Interno Bruto (PIB) de Belo Horizonte – se articulam para tentar buscar algum tipo de auxílio, garantindo sobrevida aos negócios.
Uma das frentes atualmente em curso é uma articulação feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) com o Sebrae Minas, cujo objetivo seria abrir novas linhas de crédito para segmentos empresariais afetados pela pandemia – em especial os tocados por micro e pequenos empreendedores.
Outra frente é no sentido de tentar postergar o prazo para o início do pagamento dos empréstimos obtidos em 2020 por meio do Pronampe. O início das parcelas estava previsto para este mês. “Com um cenário atual mais desafiador, quando se comparado ao início da pandemia de Covid-19, essa aprovação torna-se ainda mais essencial para que não haja um agravamento ainda maior da crise que estamos atravessando”, declarou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
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