Como a presidente disse: "Brasil, pátria educadora"

Hoje em Dia
03/05/2013 às 06:14.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:21

Ao focar na educação o seu discurso em rede nacional de TV, no Dia do Trabalho, Dilma Rousseff acertou em cheio. Nada é mais importante para que o Brasil possa se desenvolver de forma sustentável. Merece apoio sua luta para que o Congresso Nacional aprove o projeto de destinar à educação 100% dos royalties do petróleo.
O Brasil caminha para se tornar um dos grandes produtores de petróleo do mundo. Há quem estime suas reservas, só na área do pré-sal, entre 58 bilhões e 123 bilhões de barris. Se a primeira estimativa for a verdadeira, mesmo assim estaríamos diante da maior descoberta de petróleo do mundo, nas últimas três décadas, e uma das maiores da história.

E a história tem demonstrado que a maioria da população de países grandes produtores de petróleo, localizados no Hemisfério Sul, não se beneficia dessa produção. É por isso que economistas identificaram o que chamam de “maldição do petróleo”. É aquela que recai sobre um país, quando ele não sabe administrar com sabedoria a exploração desse recurso natural, deixando que a riqueza se concentre nas mãos de poucos e privilegiados habitantes ou simplesmente seja transferida, com o beneplácito do governo, para empresas e populações de países desenvolvidos. Quando as reservas chegam ao fim, nada fica da antiga riqueza.

A melhor forma de evitar futuro semelhante para o Brasil, que está saindo da 11ª posição de maior produtor mundial de petróleo para ficar entre os cinco maiores até 2020, é investir na educação de seus quase 200 milhões de habitantes. Por isso, vale repetir essa espécie de slogan da presidente Dilma, ao final de seu discurso: “Brasil, pátria educadora”.

E contribuir, dentro das possibilidades de cada um, para que o discurso se torne uma realidade. Inclusive, pressionando deputados e senadores para que apoiem a nova proposta que será encaminhada em breve ao Congresso Nacional. É a segunda vez que a presidente Dilma Rousseff apresenta projeto nesse sentido. Na primeira, foi derrotada no fim do ano passado pelos congressistas. Em Pernambuco, os deputados estaduais acabam de aprovar proposta do governador Eduardo Campos, do PSB, para que 100% dos royalties do petróleo que serão recebidos pelo Estado se destinem à educação.

Educação, inclusive, para a sobrevivência numa economia cada vez mais dependente de petróleo. É ele que move uma frota que, só em abril, cresceu em mais 333 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
 

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