SÃO PAULO - Pelo menos 65 dentistas que atuam no Estado de São Paulo foram vitimas de algum tipo de violência desde 2007. A maioria dos casos, porém, aconteceu entre o ano passado e o primeiro semestre deste ano. A informação é do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), que anunciou na manhã desta sexta-feira (7) uma série de medidas para conter o que considera ser uma "onda de violência" contra os profissionais.
Entre as medidas anunciadas estão a criação de um serviço telefônico gratuito para denúncias, a adesão a um aplicativo eletrônico que cria uma rede de proteção entre os usuários e uma cartilha com dicas de segurança.
A reação do Crosp acontece após as mortes de dois dentistas que foram queimados dentro do consultório. O primeiro foi o da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, em São Bernardo do Campo (Grande SP), ocorrida em abril. Ela foi queimada após os bandidos notarem que ela só tinha R$ 30 na conta bancária. Todos os criminosos foram presos.
Já o último caso é do dentista Alexandre Peçanha Gaddy, em São José dos Campos (97 km de SP), em maio. Gaddy teve 60% do corpo queimado no consultório e não resistiu aos ferimentos. Ninguém foi preso pelo crime e nada foi roubado da vítima, diz a polícia.
As ocorrências que chegaram até conselho são de casos de assalto, principalmente. Mais da metade das denúncias (65%) partiram da Grande SP, a maior parte do centro, zona sul e na região dos Jardins (zona oeste de SP). Os casos recebidos pelo conselho foram encaminhados à Secretaria de Estado da Segurança Pública.