Crivella e Freixo disputam 2º turno, e desbancam candidato de Paes no Rio

Folhapress
primeiroplano@hojeemdia.com.br
02/10/2016 às 20:45.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:04
 (VANDERLEI ALMEIDA/AFP (E) // ESTEFAN RADOVICZ/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO (D))

(VANDERLEI ALMEIDA/AFP (E) // ESTEFAN RADOVICZ/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO (D))

RIO DE JANEIRO, RJ - O senador Marcelo Crivella (PRB) vai enfrentar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno da disputa pela Prefeitura do Rio. Eles registraram 27,76% e 18,31%, respectivamente, dos votos válidos, após 99,13% das urnas apuradas. 

De acordo com projeção do Datafolha, eles estão no segundo turno. Os dois ficaram à frente do deputado federal Pedro Paulo (PMDB), candidato do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que registrou 16,08%. 

Em quarto lugar ficou o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC), com 13,97%, seguido de Índio da Costa (PSD), com 8,98%, Carlos Roberto Osório (PSDB), com 8,65% e Jandira Feghali (PC do B), com 3,34%. 

O resultado indica que eleitores da comunista contribuíram para que Freixo chegasse ao segundo turno. Jandira havia obtido intenções de voto mais elevadas do que acabou registrando nas urnas. 

A eleição no Rio teve alta taxa de abstenção (24,32%), bem como de votos brancos e nulos (18,27%). 

O resultado faz com que Paes e o PMDB do Rio sejam os principais derrotados nesta disputa. 

Após realizar uma Olimpíada com organização elogiada, o peemedebista não consegue fazer o seu sucessor. Paes apostou boa parte de seu capital político para manter a candidatura de Pedro Paulo, mesmo após as críticas pelas suspeitas de agressão à ex-mulher. 

O caso acabou arquivado por falta de provas no STF (Supremo Tribunal Federal), o que não solucionou o problema político. Ao longo da campanha, Pedro Paulo não conseguiu atrair os 30% do eleitorado que aprovam a gestão Paes. 

Já o PMDB perde o controle de sua principal capital do país. A direção fluminense se tornou uma das mais importantes após acumular, após as eleições de 2008, os palácios Guanabara, com Sérgio Cabral, e da Cidade, com Paes. 

Contudo, desde o ano passado, o Executivo estadual enfrenta grave crise financeira e atraso de salários. O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) está licenciado do cargo para tratamento de um câncer. 

Cabral, que chegou a ser cotado para a Presidência em 2014, desapareceu da vida pública sob investigação na Operação "Lava Jato". 

Alianças

Freixo deve contar com o apoio de Jandira e Alessandro Molon (Rede), que obteve 1,45% dos votos válidos. Crivella deve ter o apoio de Bolsonaro. O posicionamento dos demais candidatos ainda é incerto.

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