Cuba inicia venda de gás doméstico sem subsídios, 18 vezes mais caro

AFP
Publicado em 09/12/2013 às 18:50.Atualizado em 20/11/2021 às 14:40.
A venda liberada de gás doméstico sem subsídios, a preços 18 vezes maior, começará na terça-feira (10) em Havana e Santiago de Cuba como uma "opção adicional", informou nesta segunda-feira o Ministério de Energia e Minas.
 
"Esta alternativa não substitui nem elimina o habitual serviço regulado nem seus preços atuais, que como é conhecido, estão abaixo de seu custo", esclareceu a nota oficial publicada no jornal oficial Granma.
 
O cilindro de 10kg que é distribuído em Cuba de forma regulada e custa 7 pesos (0,35 dólares). A partir de terça-feira, os habitantes de Havana e Santiago de Cuba, as duas províncias mais populosas do país, poderão adquiri-lo por 130 pesos (5,25 dólares).
 
O salário médio em Cuba é de 466 pesos cubanos (cerca de 19 dólares), embora meio millhão de trabalhadores privados e beneficiados com remessas familiares tenham receitas superiores.
 
"Os clientes atuais que recebem o serviço regulado poderão se beneficiar desse sistema, amparados em seu contrato. Quem possuir apenas um cilindro terá a oportunidade de alugar outro e utilizar ambos em qualquer uma das modalidades", disse a nota do Ministério.
 
Parte da população de Havana, 2,1 milhões de habitantes, têm serviço canalizado, mas nos bairros periféricos, é preciso recorrer ao botijão ("balita") e se ajustar à periodicidade da venda, segundo os componentes do núcleo familiar. Para duas pessoas, correspondem atualmente um cilindro de 10 kgs a cada três meses.
 
A medida favorece muitas pessoas que não alcançam o produto e que até agora recorriam ao mercado negro, onde pagavam preços similares ao fixado pelo Estado.
 
A disposição contempla o aluguel do cilindro e peças necessárias, sob contrato, o que facilita a operação.
 
As reformas econômicas empreendidas pelo governo de Raúl Castro para atualizar o esgotado modelo econômico vigente, de viés soviético, buscam eliminar proibições e limitações ultrapassadas, mas também reduzir ao mínimo o amplo sistema de subsídios e gratuidades que ainda persiste na ilha.
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