Decreto de falência

14/01/2020 às 08:13.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:17

Vivendo dias dos quais ele quer esquecer, o torcedor cruzeirense vive mais uma agonia. Marcado para começar em 20 de janeiro, o Campeonato Mineiro aguarda quais serão os passos decisivos para a permanência do Cruzeiro como equipe nas principais divisões oficiais dos campeonatos. Segundo a Fox Sports, parte da diretoria sugeriu o decreto de falência pelo clube, uma vez que não haveria possibilidade de quitação de todas as dívidas. Na última sexta (10), o Cruzeiro divulgou uma nota falando da redução de custos do clube, com demissão de 98 funcionários, venda de parte da frota de veículos e mais. A dívida do clube está, atualmente, em R$ 800 milhões.
 
Xeique árabe
A primeira rodada do Mineiro está marcada para 22 de janeiro, entre Cruzeiro x Boa Esporte. Enquanto a situação do time mineiro não for definida, vai ficar realmente uma incógnita sobre a estreia do clube ou não. O torcedor realmente está muito triste com essa indefinição. A notícia de que um investidor do mundo árabe poderia assumir as dívidas do clube está começando a perder força e, aí, a torcida não sabe em quem acreditar. Seria nesse momento não só a melhor, mas talvez a única alternativa para evitar o desastre total.
 
Análise cruel
Sobre essa possível negociação miraculosa, quero aqui citar explicação muito bem plausível dada pelo Blog “Deus me dibre” e que merece severa atenção do torcedor lúcido: “Sobre a possível ‘venda do futebol a um sheik do mundo árabe’. Isso, além de não parecer pouco plausível, foge do estatuto do Cruzeiro e é ilegal. O Cruzeiro não poderia vender “o futebol” como algo a parte, assim como não poderia vender sua integralidade. O Cruzeiro não tem capital aberto. O Cruzeiro não é um uma empresa e nem se quisesse, agora, seria. O projeto de clube-empresa, por exemplo, ainda tramita no Congresso Nacional e nada garante sua aprovação. Aqui fica a pergunta: com qual propriedade e poder Vitório Galinari e Alexandre Comoretto (Gaúcho) podem representar o Cruzeiro a ponto de “oferecer” o clube a um “sheik” desconhecido, de um país desconhecido, numa transição que nem permitida por lei é?”. Boa análise do cronista Stéfano Poke, do blog Deus me Dibre.

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