Demos uma volta no Fiat Pulse, o SUV turbinado de Betim

Marcelo Jabulas
@mjabulas
22/10/2021 às 09:22.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:06
 (Marlos Ney Vidal/Divulgação)

(Marlos Ney Vidal/Divulgação)

Guiamos os SUV de Betim. O Fiat Pulse acabou de ser apresentado e pudemos conferir o aventureiro italiano pouco antes de sua apresentação oficial. Num primeiro olhar é impossível não enxergar o Argo no Pulse. A semelhança está na silhueta. Num primeiro olhar é um hatch com esteroides. Não difere muito do que a Honda fez com o WR-V, ao embutir uma frente carrancuda. Malandra foi a Volkswagen que caprichou no desenho do Nivus para que ninguém enxergasse o Polo.

Desenhos à parte, vamos ao que interessa: como é o carro ao volante. Guiamos a versão topo de linha Impetus 200T. O Pulse não traz nenhuma revolução ao dirigir. Da mesma forma que quando se entra num Nivus não se vê diferença com o Polo, no italiano não há nada que fuja ao Argo. 

Claro que o interior foi redesenhado, com novo painel, quadro de instrumentos digital e um multimídia grandalhão. Mas as posições dos comandos são idênticos. E podemos dizer com certeza, afinal três dias antes avaliamos justamente um Argo, na versão Trekking. Em breve o amigo irá conferir aqui no HD Auto.

Ao se acomodar no Pulse o que difere é o encosto de braço central que não existe no Argo. Os comandos do ar-condicionado também são novos e a central incorpora novos serviços como o Fiat Connect Me, que permite partida remota, monitoramento e outros serviços pelo celular. 

O quadro de instrumentos digital sempre brilha diante dos olhos. Mas é bom lembrar que o hatch conta com um computador de bordo que oferece basicamente as mesmas funcionalidades, inclusive velocímetro digital.

O espaço interno é igual ao do Argo. O 1 cm a mais de entre-eixos não faz cócegas. Quem viaja atrás vai folgado se não tiver o terceiro passageiro. Já o porta-malas conta com 370 litros. São 70 a mais que no Argo. O ganho está na forma mais pronunciada da tampa do porta-malas e no revestimento interno côncavo, que amplia a litragem do bagageiro. 

Motor e câmbio

No entanto, a percepção muda quando se dá a partida. O motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm de torque, combinado com a inédita transmissão CVT de sete marchas é o que separa os meninos dos homens. A unidade dá ao Pulse um comportamento que se espera de um carro SUV. Ele é muito parecido com o Nivus, na entrega de potência e torque. 

Mas fato é que o Pulse entrega o vigor que falta no Firefly 1.3 e a eficiência que não existe no Etorq 1.8. Claro que não deu para fazer uma aferição de consumo, algo que faremos quando testarmos de fato o carro. Mas mesmo assim, durante esse primeiro contato, o computador de bordo não apresentou apetite voraz.

O carrinho acelera rápido e a caixa CVT se comporta de forma ágil. Ela não fica oscilando como nas transmissões de variação contínua convencionais. Uma das razões está na oferta de torque, pois como toda a força do motor está disponível abaixo dos 2.000 rpm, a caixa não fica procurando a melhor relação a todo o tempo.

Sport

A Fiat é malandra e sabe cativar o consumidor com detalhes simples, mas que fazem grande diferença. Para adicionar aquele fator esportivo italiano. Ela manteve as borboletas atrás do volante, que inexistem em carros como Tracker e Kicks, e adicionou o botão Sport ao volante. 

A tecla vermelha é a primeira coisa que o motorista vê ao se acomodar no carro. É o efeito Alfa Romeo Stelvio Quadrifoglio. Na prática, a função altera o regime do motor e transmissão com trocas mais rápidas e mantém a rotação média mais elevada, numa faixa em que a entrega de torque e potência é mais pujante. É bacaninha, mas não faz dele uma Alfa.

Suspensão

O carrinho tem bom acerto de suspensão, apesar de recorrer ao trivial eixo rígido na traseira, mas que garante firmeza nas curvas mais rápidas, sem rolar demais a carroceria. Ao mesmo tempo oferece bom conforto interno. 

Em nosso breve contato com o Pulse tivemos a companhia de São Pedro, que estava enfurecido naquele dia. A chuva forte nos permitiu verificar como o carro se comporta no piso molhado e principalmente como o SUV encara trechos alagados.

A altura livre de 19,6 cm permite que o Pulse encare saídas de rampa sem raspar o para-choque, assim como passar por buracos e quebra-molas com menos sofrimento que o Argo. Fora do asfalto, ele dá conta de encarar estradas de terra sem grandes sacrifícios. Ele conta até mesmo com o sistema TC Plus, em que o controle de tração faz as vezes de bloqueio de diferencial. Esse recurso foi herdado da atual geração da Strada.

Mas não pense nesse carro com uma opção para off-road. Uma coisa é trafegar em piso esburacado e estrada de terra com facão. Outra é encarar trilhas, lamaçais e pirambeiras sem 4x4 e reduzida. Se seu desejo for esse pense num Renegade turbodiesel.

Com a presença de São Pedro, passamos num trecho com água acima do meio-fio e ela não chegou no nível da caixa de ar. Mas isso não significa que ele encara enchentes. 

Nem pense nisso!

Versões e preços
Pulse Drive 1.3 MT - R$ 79.990
Pulse Drive 1.3 CVT - R$ 89.990
Pulse Drive T200 CVT - R$ 98.990
Pulse Audace T200 CVT - R$ 107.990
Pulse Impetus T200 CVT - R$ 115.990

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por