

Além dos tributos, é necessário lembrar que o empresário precisa arcar com os custos de manutenção do terreno, como aluguel e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e mão de obra. No caso da mão de obra, além dos encargos trabalhistas, que praticamente dobram o valor do salário pago ao empregado, entram uniforme, benefícios e treinamentos.
Basta prestar atenção na paisagem da cidade para perceber que alguns postos tradicionais deram lugar a prédios e hotéis. É o caso dos estabelecimentos localizados nas duas pontas da avenida Getúlio Vargas, nas esquinas com avenida do Contorno. “O metro quadrado nesta região é caro. É comum que os proprietários fechem o posto e vendam o terreno”, comenta Chaves.
Diversificação e concentração são saída
Se a margem de revenda do combustível é pequena, uma das saídas para aumentar o lucro é diversificar o negócio. Investir em troca de óleo, loja de conveniência e borracharia, por exemplo, atrai clientes. E a estratégia não vale apenas para postos da região Centro-Sul, afirma o proprietário do posto Estoril, localizado no Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, Fernando Ramos.
Ele explica que o objetivo dos serviços agregados é dar visibilidade e rotatividade de clientes ao posto. O combustível responde por 75% da receita do estabelecimento, enquanto os serviços adicionais, por 25%. “É uma forma de melhorar o caixa, mas é importante lembrar que os serviços sozinhos não são suficientes”, afirma.
Outra maneira de melhorar o lucro, de acordo com o diretor do Minaspetro, Bráulio Chaves, é consolidar o setor por meio de aquisições.
“Em ambientes muito competitivos, como o de postos de gasolina, é comum que haja uma concentração, ou seja, que um mesmo empresário tenha vários postos”, afirma. Dessa forma, apesar de não haver um aumento na margem de lucro, há uma elevação de escala e redução de custos.