Acordo União Europeia-Mercosul vai impulsionar indústria mineira em meio a restrições do tarifaço
Fiemg e representes da União Europeia debateram novas parcerias no âmbito do acordo
Em meio ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ao Brasil, a indústria mineira aguarda com otimismo o acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia, que reduz tarifas de exportação entre os países que compõem os blocos. Além disso, setores poderão ser impulsionados, com mais novos investimentos no Estado.
A afirmação foi feita pelo presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (25), após reunião com uma comitiva de 20 embaixadores da UE. O encontro reuniu também outros líderes setoriais da entidade e empresários mineiros.
“Na prática, é um segmento que não tem fluxo de comércio hoje e vão ter um aumento exponencial, porque tem tarifas hoje relativamente altas ou barreiras não tarifárias. Após o acordo, passarão a ter competitividade”, afirma Flávio Roscoe.
A embaixadora da UE no Brasil, Marian Schuegraf, refoçou o interesse em aprofundar as relações comerciais de forma sustentável para criar maior zona de comércio livre entre os países dos dois blocos.
“A União Europeia já é a segunda maior destinação para os produtos brasileiros industrializados, e isso é uma base excelente para aumentar essa relação”, afirma a embaixadora. “Esse tratado irá gerar empregos qualificados e contribuirá também para um aumento no nível geral de investimentos em ambos os blocos”. Ainda segunda ela, o acordo criará a maior zona de livre comércio do mundo, com mais de 750 milhões de consumidores.
A visita da comitiva à Fiemg integra uma série de agendas da missão nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com o objetivo de reforçar a cooperação entre os países europeus e as regiões brasileiras. Além de Schuegraf, participaram embaixadores da Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Polônia, Portugal, Suécia e República Tcheca.
*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca
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