Apesar de ainda distante do ideal, Brasil é exemplo no reaproveitamento de plásticos

Evaldo Magalhães
efonseca@hojeemdia.com.br
04/06/2021 às 19:25.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:06
 (Bamplast/Divulgação)

(Bamplast/Divulgação)

Com 45 anos de mercado, a mineira Bemplast, dirigida por Ivana Serpa Braga, é uma das empresas do ramo, entre as cerca de 680 do Estado, que fazem reciclagem de plásticos no seu processo produtivo. No caso, para fabricar dutos de polietileno para conduzir fiação e fazer irrigação. 

“O material a ser reciclado é segregado manualmente, depois moído e lavado, em seguida aglutinado, extrusado e os pellets se transformam em tubos flexíveis”, conta a empresária.

A Bemplast também integra o maior programa socioambiental educativo de economia circular da indústria do plástico na América Latina: o “Tampinha Legal” – que, aliás, será um dos destaques no 4º Congresso Brasileiro do Plástico (4º CBP), que começa na terça-feira (8).

Com aplicações como a fabricação de tintas e peças para carros, Brasil é um dos líderes mundiais na reutilização de garrafas e outras embalagens pet, com índice (55%) superior ao dos EUA e de países europeus

Desde 2016, por iniciativa do Instituto SustenPlást e com o patrocínio do movimento nacional Plástico Transforma, o Tampinha Legal fomenta a coleta de tampas plásticas em prol de entidades assistenciais do terceiro setor.

De acordo com Ivana, todos os segmentos da sociedade são convidados a juntar o material e destiná-lo às instituições cadastradas, que buscam a melhor valorização de mercado. “Os valores obtidos são destinados integralmente para as instituições, sem rateios ou repasses”, afirma a empresária.

Embalagens pet

Segundo os organizadores do 4º CBP, o Brasil tem dado exemplo também quando o tema é reciclagem de garrafas pet. Hoje, mais da metade (55%) dessas e outras embalagens do tipo descartadas no país (cerca de 311 mil ton. ao ano), são reutilizadas. “Esse alto índice, superior ao dos EUA e de países da Europa, potencializa outros benefícios, pois a matéria-prima substitui material virgem em uma gama ampla de produtos em diferentes segmentos, de tintas a telefones celulares”, afirma Auri Marçon, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Pet (Abipet).

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