Apesar de curta, greve de tanqueiros impulsionou ainda mais alta de combustíveis em BH

Evaldo Magalhães*
portal@hojeemdia.com.br
01/03/2021 às 17:19.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:18
 (Hoje em Dia)

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A greve dos motoristas de caminhões "tanqueiros" em Minas, ocorrida na sexta-feira (26) em protesto contra o alto valor do diesel - movimento que provocou longas filas nos postos de combustíveis de BH -, impactou ainda mais os preços de todos esses produtos para o consumidor, conforme pesquisa divulgada nesta seguinda-feira (1º) pelo site Mercado Mineiro. 

Realizado entre 24 e 28 de fevereiro, o levantamento, que cobriu 145 postos da Região Metropolitana, constatou que, na capital, o menor preço encontrado da gasolina comum, por exemplo, foi de R$ 5,149 e o maior, de R$ 5,799, com variação de 12,62%. Na comparação com valores obtidos em 28 de janeiro, o preço médio desse combustível na cidade subiu nada menos do que 11% - ou R$ 0,54, em apenas um mês.

Também houve alteração significativa no preço do etanol: o menor valor encontrado entre os postos pesquisados em BH foi de R$3,349 e o maior, de R$ 4,099 - variação de 22%. Em relação ao preço médio de 28 de janeiro (R$ 3,203), a subida foi de 15,58% (ou R$ 0,50), com o litro chegando a R$3,702. 

Pivô da greve dos transportes de combustíveis, que começou na sexta e foi encerrada na noite do mesmo dia, o preço médio do litro do Diesel S10 subiu 14,15% (R$ 0,54) em um mês, saltando de R$ 3,823, o litro, para R$ 4,364. O menor preço do produto foi de R$ 4,099 e o maior, R$ 4,699, uma variação de 14.64%. 

Relação gasolina x etanol

Segundo o coordenador do site Mercado Mineiro, Felciano Abreu, com a alta exagerada de preços, especialmente na última semana - embora, desde novembro, só a gasolina já tenha subido mais de 18% nas bombas da capital -, a tradicional opção de donos de veículos flex pelo etanol, cujo valor acaba puxado pelo encarecimento da própria gasolina, está prestes a deixar de ser interessante.

"A vantagem dessa alternativa está no limite em Belo Horizonte, já que o preço médio do litro de etanol, de R$ 3,71, atingiu praticamente 70% do valor médio pelo litro da gasolina, de R$ 5,30. Passando de 70%, deixa de valer a pena", afirma.  

Mais aumentos

A Petrobras anunciou, também nesta segunda-feira (1º), mais um aumento nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de botijão vendidos nas refinarias - o quinto do ano. A partir desta terça (2), a gasolina ficará 4,8% mais cara, ou seja, R$ 0,12 por litro. Com isso, o combustível será vendido às distribuidoras por R$ 2,60 por litro.

O óleo diesel terá um aumento de 5%: R$ 0,13 por litro. Com o reajuste, o preço para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,71 por litro a partir de amanhã.

Já o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de botijão ou gás de cozinha, ficará 5,2% mais caro também a partir de amanhã. O preço para as distribuidoras será de R$ 3,05 por quilo (R$ 0,15 mais caro), ou seja R$ 36,69 por 13 kg (ou R$ 1,90 mais caro).

Segundo a Petrobras, seus preços são baseados no valor do produto no mercado internacional e na taxa de câmbio.

“Importante ressaltar também que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, destaca nota divulgada pela empresa.

* Com Agência Brasil

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