Os belo-horizontinos tiveram um refresco no custo de vida em julho. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou 0,27%, puxado pela queda no preço da gasolina comum. É a primeira vez em dois anos que a inflação volta a ter variação negativa.
Há meses convivendo com constantes reajustes do combustível, quem mora na capital mineira viu o valor do litro cair 18,12% no mês passado. Em junho, o litro da gasolina podia ser encontrada por valores acima de R$ 7. No final de julho já era possível encontrar o litro do combustível na casa dos R$ 5.
Apesar do recuo em julho, o IPCA ainda se mantém alto nos últimos 12 meses, com alta de 10,74%. No ano - janeiro a julho - a inflação marca 5,83%. O levantamento foi realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Estávamos há mais de dois anos sem deflação. A última registrada de 0,39% foi em maio de 2020”, diz o gerente de Pesquisa do Ipead, Eduardo Antunes.
Resultado
Também contribuíram para a queda do custo de vida os preços das passagens aéreas (-24,43%), mão de obra (-2,72%), etanol (-9,61%) e batata inglesa, com redução de 18,14% nos preços.
Não deixaram o índice cair mais as altas para as excursões, que ficaram 7,85% mais caras, pela alta demanda do período de férias, e o preço nas alturas do leite (21,%), puxado pela entressafra.
Mais redução
A tendência para agosto, segundo o Ipead, é de nova redução da inflação, o que poderá vir, principalmente, da queda da alíquota de ICMS sobre a energia elétrica.
Há também a redução na base de cálculo usada para a cobrança do ICMS sobre o etanol, anunciada pelo governo do Estado.