Incertezas

Aumento da meta da inflação pode elevar juros, alerta presidente do Itaú

Hermano Chiodi - Enviado Especial
hcfreitas@hojeemdia.com.br
Publicado em 08/02/2023 às 20:02.
 (Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)

(Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)

SÃO PAULO - É preciso reduzir ruídos para que o país retome a normalidade. Essa avaliação foi feita pelo presidente do Banco Itaú, Milton Maluhy Filho, nesta quarta-feira (8), durante a apresentação dos resultados alcançados pelo banco no último ano. 

“Seja qual for a definição, que seja rápido. Enquanto não houver uma definição sobre o aumento ou não da meta de inflação, essa incerteza vai aparecer na curva de juros” afirma o executivo.

A análise do presidente da instituição financeira foi motivada por questionamentos com relação às críticas públicas feitas pelo presidente Lula (PT) contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano nesta semana.

Segundo Milton Maluhy, quando começam a surgir especulações sobre ações do governo para flexibilizar a meta de inflação, faz surgirem especulações que acabam sendo incorporadas pelas avaliações do Banco Central e podem contribuir para taxas de juros ainda mais altas. Juros que, na avaliação de Milton Maluhy, precisam ser reduzidos.

Arcabouço fiscal
O presidente do Itaú também falou sobre a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para elaboração do novo “arcabouço fiscal”, conjunto de regras que deve orientar a forma e os limites de gastos do poder público e substituir o “teto de gastos”. 

Segundo ele, tem havido diálogo entre os diferentes atores para construção das normas fiscais e, até abril, é aguardado um projeto definitivo. “O governo deu sinais importantes ao mostrar disposição para combater o déficit público. Aguardamos agora os fatos concretos”, diz.

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