Boas vendas

Bares, sorveterias e lojas surfam no calor deste fim de verão em BH

Leíse Costa
leise.costa@hojeemdia.com.br
12/03/2022 às 06:39.
Atualizado em 12/03/2022 às 09:45
BONS VENTOS – Amanda Meireles, da loja Cila, diz que vendeu neste mês mais que o dobro em relação a março de 2019, ano que não havia pandemia (Fernando Michel)

BONS VENTOS – Amanda Meireles, da loja Cila, diz que vendeu neste mês mais que o dobro em relação a março de 2019, ano que não havia pandemia (Fernando Michel)

Desde o início do mês, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já havia avisado: março seria de muito calor, com termômetros em torno de 30 graus. A previsão tem se cumprido e, para driblar o calorão deste fim de verão - a estação vai até o próximo dia 20 -, os belo-horizontinos têm recorrido a diversas estratégias, desde a cerveja gelada no barzinho até a compra do biquíni para escapar para as praias. Junto ao calor, a queda da maior parte das restrições contra a Covid-19 e o avanço da vacinação têm garantido a diferentes segmentos da economia da capital um março de vendas e serviços aquecidos.

Para Daniel Ribeiro, sócio do Redentor, na Savassi, região boêmia da capital, a matemática é exata: o calor aumenta o lucro. “É nítido que o ânimo das pessoas para sair de casa é maior. Em comparação ao início do verão, nosso faturamento cresceu 30%, com pico de fluxo sempre a partir de 19h”, diz. O empresário não compartilha dados sobre litragem, mas afirma que o chope é a bebida mais vendida. Os drinks, como caipirinha, vêm em seguida.

O presidente da Abrasel-MG (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais), Matheus Daniel, relata aumento de 10% na venda de cervejas em março quando comparado a fevereiro em Belo Horizonte. “Em conversa com a cervejaria Ambev, me relataram que a venda pós-carnaval está maior que antes. O calor dos últimos dias em BH com certeza está refletindo no aumento de movimento dos bares e restaurantes”, afirma.

Com a trégua das chuvas intensas do início do verão, a população também tem aproveitado para tomar mais sorvete. Na sorveteria São Domingos, na Savassi, o movimento começa às 15h e segue até a noite, com recorde de vendas no domingo. “Em relação a dezembro, estamos vendendo 10% a mais e, comparando ao mês passado, as vendas cresceram 25%”, afirma Domingos Montenegro, dono do negócio. Os sabores mais vendidos no local são nozes, pistache, coco e chocolate africano, ao custo de R$ 11 por bola.

Comércio comemora

A maior circulação de pessoas nas ruas também beneficiou lojistas. “Todo o comércio de BH, de todos os segmentos, foi beneficiado, seja de ruas, bairros, shoppings e galerias. Apesar de não termos o fechamento do mês, neste início de março é notório que as vendas foram maiores que janeiro e fevereiro”, diz Nadim Donato, presidente Sindilojas-BH (Sindicato do Comércio Lojista de Belo Horizonte), que representa cerca de 32 mil lojistas da capital de variados setores. 

Vendas em dobro

A percepção é comprovada na loja de moda praia Cila, na região Centro-Sul, que vendeu, nos primeiros dez dias deste mês, 55% a mais que o mesmo período em 2019, ano em que não havia pandemia. 

“Como está muito quente, temos percebido muita procura por moda beachwear de pessoas que foram muito para praia, resort, pousada e cachoeiras. Em relação a março passado, em que o comércio estava fechado, as vendas dispararam 90%”, relata Amanda Meireles, responsável pela gestão de e-commerce da marca. 

De acordo com Amanda, hot pants e sutiãs de cortininha são as peças mais vendidas neste verão. No local, clientes costumam comprar, em média, 5 peças com ticket médio gasto de R$1.500.

Academias

As altas temperaturas também provocaram aumento na matrícula em academias. Segundo o gerente de Esporte e Recreação do Sesc em Minas, Pedro Parolini, o número de inscrições nas unidades dos bairros Floresta e do Carlos Prates cresceram 26% de dezembro a março.

“Depois de um período de medidas mais rigorosas de isolamento e distanciamento social por causa da pandemia, a prática de esportes coletivos ou em grupo, cumprindo os devidos protocolos, tem sido uma oportunidade para quem pretende retomar a atividade física e o convívio com outras pessoas”, afirma.

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