Black Friday: número de consumidores dispostos a gastar cresce em 2025, mas total não chega a 30%
Pesquisa do Ipead mostra avanço em relação a 2024, mas maioria ainda não pretende comprar ou está indecisa, indicando cautela do consumidor

Quase 30% dos consumidores de Belo Horizonte pretendem fazer compras durante a Black Friday deste ano, indica levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis (Ipead), da UFMG. O número é maior do que o registrado em 2024, quando 26% disse que iria aproveitar a data. No entanto, 35% não deve gastar durante o saldão e outros 35% seguem indecisos.
A pesquisa entrevistou 219 pessoas, com abordagem presencial no Centro da capital. O perfil dos participantes segue a proporção da população: 53% mulheres e 47% homens, sem recortes por faixa etária, renda ou escolaridade.
Gerente de pesquisa da Fundação Ipead, Eduardo Antunes, avaliou como "razoável" o índice de quase 30% dos dispostos a ir às compras. “Quase um terço da população afirmou categoricamente que vai aproveitar a promoção. Essa mesma pesquisa feita no ano passado tinha apresentado 26%. Portanto, houve um aumento de mais de três pontos percentuais”.
Mulheres priorizam roupas e homens, eletrônicos
Entre os que pretendem comprar, o comportamento de consumo apresenta diferenças marcantes. Mulheres lideram a intenção de compras, principalmente em roupas, calçados e acessórios, enquanto homens demonstram maior interesse por eletrônicos.
Segundo Antunes, essa diferença tem relação com o processo de decisão de compra. “Historicamente, as mulheres se programam melhor para poder fazer as compras, principalmente com interesse de promoção. Elas estudam bastante o produto que querem adquirir, sempre procurando um mais acessível”, diz.
Alerta contra o endividamento é reforçado
Apesar de muito esperada por consumidores em busca de descontos, a Black Friday deve ser encarada com prudência. Recentemente, o coordenador do Procon da ALMG, Marcelo Barbosa destacou que o consumidor deve ficar atento e evitar o endividamento.
Segundo o especialista, antes de se decidir pela compra, a pessoa deve analisar se, de fato, precisa do produto; se tem dinheiro para pagar à vista; e se a compra precisa ser feita neste momento ou pode ser adiada.
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