Custo dos alimentos

Cesta básica em BH: tomate e batata ficam mais baratos, mas banana e óleo encarecem

Levantamento do Ipead-UFMG aponta que valor da cesta ainda compromete mais de 40% do salário mínimo

Dione Alves
dione.alves@hojeemdia.com.br
Publicado em 06/10/2025 às 18:17.Atualizado em 06/10/2025 às 20:59.

O custo da cesta básica na capital mineira registrou a sexta queda consecutiva em setembro, atingindo o valor de R$ 739,09. O recuo foi de 0,97%, o que representa uma diminuição de R$ 7,13 em relação a agosto. Os dados constam na pesquisa mensal do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead-UFMG).

De acordo com o levantamento, sete dos 13 produtos que compõem a cesta tiveram os preços reduzidos. As quedas que influenciaram diretamente no resultado geral foram dos seguintes alimentos: 

  • tomate (-17,54%),
  • batata-inglesa (-6,12%),
  • manteiga (-2,11%),
  • café moído (-1,47%),
  • arroz (-1,36%),
  • farinha de trigo (-1,35%)
  • leite (-0,95%).

Confira os produtos que estão mais caros

Na contramão, seis itens ficaram mais caros para o consumidor no mesmo período. As altas foram observadas nos seguintes ítens:

  • banana caturra (5,54%),
  • óleo de soja (5,20%),
  • feijão carioca (5,03%),
  • chã de dentro (2,28%),
  • açúcar cristal (0,89%)
  • pão francês (0,48%).

Custo da cesta-básica ainda é elevado

Apesar da sequência de quedas, o valor da cesta básica compreende boa parte do orçamento das famílias em Belo Horizonte. Segundo o Ipead-UFMG, um trabalhador que recebe o salário mínimo líquido precisou comprometer 40,96% da renda para adquirir os produtos em setembro.

“Não significa que tivemos uma queda no custo que ele está mais barato. Embora o preço tenha caído em setembro deste ano, por outro lado, a cesta está R$ 50,67 mais cara que em setembro do ano passado”, pontua o gerente de pesquisa do Ipead-UFMG, Eduardo Antunes.

Sobre os próximos meses, Antunes diz que há uma expectativa de que a cesta básica venha a encarecer, porém, é difícil prever se a tendência, de fato, acontecerá.

“Historicamente, tende a subir observando a série histórica dos últimos anos. Prova é de que em outubro do ano passado, a cesta básica apresentava uma alta de 6%, podendo sinalizar o mesmo movimento neste ano, mas só teremos uma ideia mais clara ao final de outubro”.

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