Com escassez de terrenos na capital, construtoras apostam em imóveis no interior

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
24/03/2013 às 08:30.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:12
 (Marcelo Prates)

(Marcelo Prates)

A descentralização do emprego, a interiorização da riqueza e a expansão do crédito são a principal matéria-prima para a construção do novo mapa do setor imobiliário em Minas. Diante da escassez de terrenos na capital e preços nas alturas, construtoras ultrapassam o limite da “cidade grande” e voltam os olhos – e investimentos - para municípios da região metropolitana e interior do Estado. Lá, constroem prédio com piscina, churrasqueira, espaço gourmet e outros confortos, com apartamentos que custam, no mínimo, 40% menos do que em Belo Horizonte.   “O ensino e o emprego estão segurando a população nas cidades menores e revertendo a tendência de migração para os grandes centros. Há ainda aqueles que moram em BH, mas procuram por imóveis melhores e facilidades a seu alcance, tudo isso pagando a metade ou 40% mais barato ”, diz o superintendente da PDG Incorporadora, Edir Lima.   Com a dificuldade de conseguir grandes áreas na capital, sua empresa chegou a Ribeirão das Neves, Vespasiano, Betim, Contagem, Santa Luzia e Juiz de Fora, onde encontrou áreas disponíveis com mais de 10 mil metros quadrados para erguer os condomínios.    Segmento econômico   Na linha de segmento econômico, porém com garagem e área de lazer, os apartamentos custam entre R$ 120 mil e R$ 160 mil. Geralmente, o cliente tem entre 25 e 30 anos e renda familiar de R$ 2,5 mil. “A receita deu tão certo que estamos de olho em outras praças”, afirma.   A Mobyra Incorporação também seguiu o mesmo caminho . Em Betim, toca dois projetos para atender profissionais das novas plantas industriais, funcionários de dois novos shoppings e jovens que já não querem mais sair da sua terrinha. 
  “São pessoas que, além de buscarem proximidade com trabalho, querem um produto melhor, que na capital custaria quase o dobro”, diz o diretor da Mobyra, Rodrigo Nunes.    Localizados a 460 metros do Shopping Monte Carmo, em Betim, os 82 metros quadrados do apartamento de três quartos com suíte, com direito a duas vagas de garagem e três churrasqueiras, sala de ginástica, salão de festas, espaço gourmet com forno de pizza, quadra poliesportiva e gramada e duas piscinas na área de lazer, seduziram o casal de técnicos de informática Orlando das Graças Júnior e Raquel Morato.    A noiva, que trabalha na cidade mas mora em Contagem, e o noivo, que hoje vive em Belo Horizonte, contam os dias para a entrega das chaves e a mudança para a morada que lhes custou R$ 250 mil. “Nesse padrão, na capital, seria de R$ 400 mil pra cima. E tenho convicção de que encontrei um emprego na vizinhança”, diz Orlando. 

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