
A indústria alimentícia Santa Amália tem planos arrojados para 2015. Sem esbarrar na crise econômica, a companhia prevê faturar 10% a mais do que o registrado em 2014 e planeja investir R$ 50 milhões durante o ano. A produção, em volume, vai aumentar 5% na mesma base de comparação. Além disso, de acordo com o presidente da companhia, Vicente Barros, novidades virão em agosto. Sem dar detalhes, ele adianta que uma nova linha de produtos vem por aí.
“Apesar do bom desempenho da empresa, investimos em melhoria de processos e redução de custos. Se a crise chegar, estamos preparados”, garante.
Além de diversos tipos de macarrão, carro-chefe da empresa, a Santa Amália fabrica refrescos, molhos, temperos, azeites, massas para bolo, gelatinas, entre outros. Somente em ações de marketing, pelo menos R$ 12 milhões serão aportados pela companhia durante o ano.
Atualmente, a aposta da empresa é a linha de massas zero glúten. “Havia uma lacuna no mercado para este tipo de produto em escala comercial e nós decidimos preenchê-la”, comenta o executivo. A linha zero glúten é oferecida em pacotes de 500 gramas de penne e fusilli. Mensalmente, 100 toneladas do produto chegam ao mercado.
Terceirização
Embora a fábrica da Santa Amália esteja localizada em Machado, no Sul de Minas, as massa isentas de glúten são produzidas em plantas terceirizadas. O objetivo é evitar a contaminação cruzada.
“São fábricas blindadas, sem contato nenhum com a farinha de trigo que está presente nos produtos comuns da Santa Amália”, diz Barros.
É possível encontrar estes produtos em Minas Gerais, onde a empresa é líder de mercado, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, todos os estados do Centro-Oeste e do Nordeste. “Ainda iremos estudar, a partir do ano que vem, como entrar no Sul”, diz Barros.
Com relação aos demais produtos, eles são comercializados, ainda, em alguns estados do Norte do país.
A Santa Amália é responsável pela geração de 2 mil empregos diretos. Destes, mil postos estão na fábrica de Machado, que possui capacidade instalada para produzir 100 mil toneladas anualmente.
Hoje, a utilização da capacidade de produção está em 70%. Conforme Barros, no ano passado uma máquina de tecnologia italiana no valor de R$ 30 milhões foi adquirida, permitindo a ampliação da produção.
“Neste ano, nossos esforços ficaram por conta da ampliação dos Centros de Distribuição de Betim e Machado”, afirma.