Comércio em BH vê 'entrave à retomada do crescimento' com nova alta da Selic
Para a CDL/BH, reajuste pode travar crescimento das empresas, especialmente as de pequeno e médio porte

O novo reajuste na taxa de juros da economia, anunciada no início da noite deta quarta-feira (18) pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) terá impacto direto no comércio varejista, sobretudo em médias e pequenas empresas, mais sensíveis ao custo do crédito.
Na avaliação da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, a Selic elevada a 15% demonstra que a política adotada pela autoridade monetária - ainda que tenha como objetivo o controle da inflação - "tem sido um entrave à retomada do crescimento".
“Embora o controle da inflação seja necessário, juros mais altos restringem o acesso ao crédito, comprometem o consumo das famílias e reduzem a capacidade de investimento das empresas”, avalia o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva.
Ambiente de incertezas e baixa demanda
Um novo aumento - o 7º consecutivo, tende a intensificar a desaceleração econômica, penalizando principalmente os pequenos e médios empreendedores, que ainda enfrentam um ambiente de incertezas e baixa demanda, aponta o dirigente da CDL-BH.
“O novo reajuste também pode provocar desaceleração nas vendas, aumento da inadimplência e retração nos investimentos. Defendemos que o combate à inflação precisa ser equilibrado com políticas que estimulem a produção, o consumo e a geração de empregos”.