Concessionárias planejam feirões para reduzir encalhe de carros nos pátios

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
13/10/2013 às 07:28.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:17
 (Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

A exigência de entradas maiores nos financiamentos de veículos afastou os consumidores das concessionárias em Minas, principalmente em setembro. Com o encalhe elevado, revendas no Estado apostam nos feirões de final de semana para desovar os estoques.   No mês passado, o volume de carros nos pátios das fábricas e das concessionárias subiu 5,01% em relação a agosto, chegando a 420 mil unidades no Brasil, segundo levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).   O volume é suficiente para 40 dias de vendas, média superior à considerada saudável para o mercado (30 dias). A fuga dos consumidores das lojas é atribuída à desaceleração econômica do país e à exigência de entradas maiores na hora da compra – de 40% a 60% do valor total do automóvel, no mínimo.   “Em agosto do ano passado, vendemos 600 carros; no mesmo mês deste ano, foram 300. Por conta disso, nos últimos dois meses, reduzimos o quadro de funcionários em 20%. A situação não está boa, nossa esperança é a de que a fábrica ajude com ações que atraiam o cliente de volta”, afirma o gerente de atendimento da Carbel, revendedora Volkswagen, André Corrêa Nunes.   Estratégias   Uma das medidas já confirmadas para tentar resgatar o consumidor é o feirão previsto para o último final de semana do mês. A estratégia, aliás, será adotada por todas as principais montadoras. No caso da Chevrolet, haverá, também, uma queima de estoques no próximo sábado, nas concessionárias Grande Minas.   “Esses eventos acontecem para tentarmos recuperar o que perdemos em setembro, quando as vendas caíram, aproximadamente, 10% na comparação com agosto”, diz o gerente de vendas de veículos novos da loja da Pampulha, Rodrigo Lage.   Diante do fraco desempenho de vendas observado em setembro, as perspectivas não são otimistas para os revendedores, que já esperam um novo aumento nos estoques neste mês, caso o apelo publicitário e as campanhas não deem resultados.   “A tendência é a de que tenhamos mais unidades paradas neste mês, já que elas não saíram no mês passado. Até hoje temos modelos da linha 2013/2013 na loja. Agora, é hora de as montadoras e concessionárias entrarem em ação para recuperar o movimento”, afirma o gerente de vendas de carros novos da Roma Gutierrez, revendedora Fiat, Mark Crepalde.   Situação privilegiada   Por outro lado, embora reconheça o atual desequilíbrio entre venda e produção, o gerente de novos da Pisa, concessionária Ford, Antônio Longuinho, garante que a situação não é tão ruim quanto parece. Com estoque suficiente para 45 dias, ele minimiza o problema.   “Essa é uma boa média, porque existe uma variedade muito grande de opcionais, então, temos que ter todos os modelos para o consumidor entrar, encontrar o que procura e levar. Acredito que, para as outras marcas, a situação esteja pior, mas nós vivemos uma situação mais privilegiada”, diz Longuinho.

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