Pelo menos oito em cada 10 construtoras do país tiveram funcionários afastados em janeiro em função da incidência de casos de Covid-19 e Influenza nos canteiros de obras. O dado foi apontado por uma pesquisa realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), entre 14 e 21 de janeiro, com 482 empresas do setor. Das construtoras participantes da pesquisa, 10% são de Minas Gerais.
De acordo com a pesquisa "Covid e Influenza: Impactos na Construção", 43% das empresas registraram tanto Covid como Influenza entre seus funcionários, enquanto 31% disseram ter havido apenas Covid e 11% somente Influenza. Em 15% não houve nenhum caso das doenças.
Como consequências observadas pelas empresas, 86% declararam que tiveram afastamentos nos canteiros de obra por infecção. Cerca de 68% dos entrevistados disseram ter funcionários afastados do escritório por infecção. Já 32% declararam ter pedidos para trabalho em home office. Nesse campo, foi possível mais de uma resposta por empresa participante.
Além disso, 59,54% dos respondentes da pesquisa afirmam haver impacto nos cronogramas de obras em função dos afastamentos dos trabalhadores por Covid e/ou Influenza. Já 40,46% responderam que não influenciou a programação.
Para o presidente da Cbic, José Carlos Martins, entretanto, o cenário não deve chegar a afetar os prazos de entrega das obras de forma geral. “Teremos tempo para ajustar. São cronogramas maiores que podem ser facilmente adaptados”, ressaltou.
A pesquisa apontou ainda que, no âmbito da prevenção, 58,30% das empresas disseram fornecer ou exigir teste de Covid-19 de seus trabalhadores. Cerca de 41,70% não fazem esta exigência. Já sobre imunização, 51,24% exigem comprovação de vacinação completa, contra 48,76% que não o fazem.
Leia mais: