12 milhões de desempregados

Desemprego cai 11,2% em janeiro e renda do brasileiro apresenta queda de quase 10%

Leíse Costa
leise.costa@hojeemdia.com.br
18/03/2022 às 17:51.
Atualizado em 18/03/2022 às 17:58
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,2% da população no trimestre encerrado em janeiro - um recuo de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, encerrado em outubro.

O resultado é o menor alcançado desde 2016, quando o nível de desemprego era de 9,6%. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda assim, segundo a pesquisa, o contingente de pesssoas desocupadas no país é de 12 milhões de pessoas. Em comparação com o mesmo período de 2021, a queda no percentual de desocupados é de 18,3%, o que representa 2,7 milhões de pessoas a menos em busca de trabalho.

A pesquisa também mostra que, de novembro passado a janeiro, aproximadamente, 95,4 milhões estavam trabalhando, uma alta de 1,6%. No total, o percentual de pessoas ocupadas do país foi estimado em 55,3%, uma alta de 0,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior.

Desempenho do comércio
De acordo com os dados, o setor que mais puxou os resultados foi o comércio, beneficiado pela flexibilização das medidas restritivas da pandemia da Covid-19. 

Segundo o IBGE, os números confirmam a  manutenção da tendência de crescimento do comércio, principalmente, a partir do 2º semestre de 2021. O destaque é o segmento de reparação de veículos automotores e motocicletas que empregou diretamente 18,4 milhões de pessoas, marca que supera a registrada no período pré-pandemia.

O número de empregados formais no setor privado também apresentou alta de 2% contra o trimestre anterior, o que representa mais 681 mil pessoas empregadas com carteira assinada. Na comparação com 2021, o crescimento é de 9,3%, o que equivale a mais 2,9 milhões de trabalhadores formais empregados, principalmente, no comércio, da indústria e do setor de alojamento e alimentação.

Rendimento do brasileiro em queda
Mesmo empregado, o rendimento real do brasileiro está 1,1% menor que o registrado no trimestre anterior e 9,7% abaixo do trimestre encerrado em janeiro de 2021,com ganhos mensais, em média, de R$ 2.489.

Nenhuma categoria apresentou alta no rendimento. Na indústria, houve queda de 4,1%, cerca de R$ 102 a menos no bolso.  Também houve diminuição no setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: queda de 2,1%, equivalente a R$ 76.

“Embora haja expansão da ocupação e mais pessoas trabalhando, isso não está se revertendo em crescimento do rendimento dos trabalhadores em geral”, afirma a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

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