O Dia das Crianças neste ano deve levar mais consumidores às compras em Belo Horizonte, mas o cenário será de cautela, com a busca por presentes mais baratos. É o que aponta levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead-UFMG), divulgado nesta segunda-feira (6).

A pesquisa, que considera famílias das classes C e D, mostra que a intenção de compra atingiu o maior patamar dos últimos quatro anos, com 46,33% dos consumidores planejando presentear, um crescimento de 11% em relação a 2024. Apesar disso, o valor médio do presente apresentou leve queda de 1,21%, fixando em R$ 84,87.

Segundo o gerente de pesquisa do Ipead-UFMG, Eduardo Antunes, a retração no gasto individual é superada pelo maior número de compras. Ele interpreta os dados como um fenômeno de "democratização do consumo", no qual as famílias de classe média baixa se esforçam para não deixar a data passar em branco.

Consumidor da capital deve planejar mais antes da compra

O levantamento também mostra que a maioria dos consumidores (52,63%) planeja gastar valor igual ao do ano anterior - um aumento em relação aos 48,86% de 2024. O percentual dos que pretendem gastar menos caiu de 12,50% para 8,42%.

Na visão de Eduardo Antunes, apesar do otimismo, os dados apontam para um consumidor que tende a se planejar mais. “Existe uma disposição sim para ir às compras, mas ela é exercida com mais planejamento orçamentário”. Essa decisão, em outras palavras, não é um sinal de desconfiança, mas de prudência, aponta o especialista.

A pesquisa sobre a pretensão de compra foi realizada de forma presencial em setembro, com os 218 consumidores da capital.

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