Logotipo Hoje em Dia

Redação: (31) 3253-2207

Segunda-Feira,29 de Abril

Eletrodomésticos ficam até 8% mais caros com o fim da redução do IPI

Paulo Paiva - Do Hoje em Dia
26/06/2012 às 09:11.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:06

(Flávio Tavares)

O consumidor ainda não sabe, mas os preços de eletrodomésticos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos) e móveis vão ficar entre 7% e 8% mais caros a partir da próxima segunda-feira, 2 de julho. É que acaba no sábado, 30, o período de redução de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) concedido em dezembro pelo governo – e renovado em março – a esses produtos e a alta chegará ao varejo.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, assegurou que não haveria nova prorrogação (a redução foi concedida em dezembro até março e, posteriormente, estendida até fim de junho), mas entidades do setor, como a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrôni-cos (Eletros), acreditam que a decisão possa ser revista. “É possível. Estamos preparando uma série de dados sobre a importância do setor para levar ao governo”, garantiu na segunda-feira (25) o presidente da Eletro, Lourival Kiçula. Segundo o executivo, as vendas na indústria de linha branca cresceram de 5% a 10% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011.

Na Suggar, fabricante mineira de lavadoras e tanquinhos, a produção está a pleno vapor – e não há previsão de pisar no freio, mesmo com a volta do imposto. “As lavadoras viraram o sonho de consumo das classes C e D. Estamos trabalhando 24 horas por dia e produzindo 4,4 mil produtos diariamente”, garante Lúcio Costa, presidente da empresa. Para lavadoras, a alíquota do IPI caiu de 20% para 10%. Para tanquinhos, caiu de 10% para zero. A de fogões também foi zerada (é de 4%) e a das geladeiras desceu de 15% para 5%.

Nessa segunda, as principais lojas de produtos eletroele-trônicos do centro de BH, como Ponto Frio e Casas Bahia, estavam com movimento normal. “Aparentemente, as pessoas ainda não sabem que o fim da isenção é no sábado. Mas na última isenção o movimento cresceu apenas nos três últimos dias”, disse um gerente de loja que pediu para não ser identificado. “O movimento da loja cresceu cerca de 40% logo que o governo anunciou a redução em dezembro, mas se estabilizou nos patamares normais nos últimos meses”, garantiu o gerente de outra rede.

No Extra, do Grupo Pão de Açúcar, as vendas de itens como refrigeradores inox e lavadoras acima de 10kg cresceram cerca de 60% no período. “A medida é um benefício para o consumidor”, diz Enéas Pestana, presidente da empresa.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por