Lara Santos, estudante de Engenharia da Computação, planeja estudar nos Estados Unidos; a maioria dos universitários brasileiros quer ter experiência semelhante (Maurício Vieira)
“Estudar fora é um sonho desde que eu era adolescente. Conhecer uma cultura diferente, um país diferente. Agora que entrei no ensino superior, quero tornar esse sonho realidade.” Essa fala é de Lara Santos Rossetti, 19, estudante de Engenharia da Computação em uma faculdade privada de Belo Horizonte. O sonho de Lara, de frequentar uma escola fora do país, reflete o desejo de seis em cada 10 estudantes brasileiros, conforme uma pesquisa feita pela BMI (Business Marketing International), empresa de consultoria para estudantes.
“Além de solidificar minha autonomia e meu crescimento pessoal, eu teria a possibilidade de conhecer diferentes culturas, diferentes pessoas, ter diferentes experiências e adquirir conhecimento que eu não aprenderia estando apenas no Brasil. Além do mais, a chance de aprimorar línguas estrangeiras e acrescentar ao meu currículo e à minha experiência de vida são fascinantes ao meu ver” complementa a estudante Lara Santos.
Salão do Estudante
Quem, como a Lara, pretende arrumar as malas e colocar o pé na estrada terá a oportunidade de saber mais sobre o assunto em um evento que acontece nesta segunda-feira (21), em Belo Horizonte, o Salão do Estudante. O evento acontece no Hotel Mercure Lourdes, entre 15h e 19h, e vai reunir mais de 100 instituições de ensino de 13 países: Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Itália, Japão, Portugal e Reino Unido.
Os visitantes encontrarão desde cursos de idiomas com duração de 4 semanas até opções de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e cursos técnicos em diferentes áreas.
Segundo a organização, um dos diferenciais do evento é que o estudante tem a chance de conversar pessoalmente com os representantes das instituições e tirar ali mesmo todas as dúvidas sobre o curso, peculiaridades da cultura do país escolhido como destino, além de questões burocráticas como acesso ao visto, documentação exigida para ingresso em cada universidade e, é claro, a chance de “pechinchar” o preço do curso.
Presencial novamente
Após 2 anos de pandemia o Salão retorna presencialmente. Animado com a retomada do mercado, o organizador do Salão, Samir Zaveri, aponta para uma demanda reprimida. “Por conta da pandemia, muitos estudantes adiaram suas viagens e, agora, com a abertura de diferentes países e a volta das aulas presenciais, estima-se um crescimento de mais de 100%, em relação aos anos de 2020 e 2021, de brasileiros ocupando as carteiras das instituições internacionais. É esperado números parecidos com os de 2019, ano recorde de brasileiros estudando no exterior”, revela o executivo.
Quem tiver interesse e quiser saber mais detalhes, pode acessar o site do eventono endereço www.salaodoestudante.com.br
Interesse
A universitária Lara Santos, assim como muitos estudantes que pretendem estudar em outro país, tem entre os objetivos aprimorar o inglês e, como foco, os Estados Unidos. “Por causa da minha área de estudo, a computação, minha maior vontade é os Estados Unidos, especialmente o Vale do Silício, seria uma realização muito grande”, disse.
E, se depender do investimento feito por instituições estrangeiras no evento para atrair os estudantes brasileiros, ela pode ter uma ajuda para tornar esse desejo uma realidade. Quem quer estudar nos Estados Unidos vai encontrar mais de 20 universidades e faculdades americanas no evento.
Portugal é outro exemplo de país investindo na atração dos brasileiros. Cerca de 50 instituições de ensino superior portuguesas ocuparão os corredores do Salão. “Os melhores e mais renomados politécnicos, universidades públicas e privadas de Portugal estarão em nosso evento. Devido aos laços estabelecidos entre os dois países, o estudante brasileiro encontra mais facilidade na hora de ingressar em determinadas instituições”, explica Samir.
“Além de a maioria das instituições aceitarem as notas do Enem como processo seletivo para o ingresso no sistema de ensino superior no país, os valores dos cursos normalmente são mais baratos quando comparados aos do Brasil”, relata.
O evento conta ainda com algumas das melhores universidades de países como Reino Unido, França, Canadá e Austrália, como a University of Bristol, University of Manchester, University of Lille e University of Southern Queensland.
Para quem está com medo do câmbio, a organização traz boas notícias e avisa que muitas instituições e agências de intercâmbio, que também participarão do evento, oferecerão parcelamento de até 10 vezes, além de diferentes opções de financiamento.