Fábrica da Fiat em Betim deve receber parte dos R$ 14 bi em investimento anunciados pelo grupo

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
25/06/2018 às 15:09.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:58
 (Fiat)

(Fiat)

A fábrica da Fiat, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é uma das empresas do grupo que deve receber parte dos R$14 bilhões destinados à América Latina nos próximos quatro anos. O anúncio foi feito nesta segunda (25) por Antonio Filosa, presidente do grupo FCA, dono da Fiat e da Jeep. E apesar de o valor para cada país não ser informado, a expectativa é que o Brasil, que concentra 54% das vendas da montadora na região, receba a maior parte. Além de Betim, a empresa tem uma unidade também em Pernambuco.

Os investimentos fazem parte do plano da empresa de investir 45 bilhões de euros em todo o mundo no mesmo ciclo. Segundo Filosa, nada será destinado para a construção de novas fábricas. Cerca de 90% dos investimentos serão direcionados para novos produtos, motores e conectividade. A outra parte será usada para melhoria dos processos industriais.

Novos modelos

No início de junho, o Hoje em Dia publicou uma reportagem sobre a possibilidade de produção de três utilitários e uma nova picape pela fábrica da Fiat, em Betim, entre 2020 e 2021. 

Já nesta segunda, o grupo anunciou 15 novos carros da marca Fiat e outros 10 novos modelos para as marcas Jeep e RAM, esta que ainda será lançada no Brasil. Mas os investimentos estão condicionados à aprovação do Rota 2030, política para o setor que está sendo elaborada pelo governo e ainda não foi anunciada, apesar de prevista inicialmente para o segundo semestre do ano passado. "A possibilidade de aprovação do Rota 2030 no curto prazo foi uma premissa para a construção do nosso plano de negócios", disse o executivo.

A expectativa pelo Rota 2030 está diretamente relacionada à intenção da montadora em investir em carros movidos a etanol, uma vez que a política deve estimular o investimento em pesquisa e desenvolvimento nesse combustível. "Ninguém sabe tanto no mundo de etanol como se sabe no Brasil, ninguém tem etanol tão eficiente no mundo como se tem no Brasil", afirmou.

Desde que passou a responder pela FCA na América Latina, Filosa tem dito que quer recuperar a liderança das vendas de veículos no Brasil, perdida em 2016 para a GM. No ano passado, as marcas Fiat e Jeep, juntas, ficaram na segunda posição, com 13,5% do mercado, enquanto a GM teve 18,1%. Já no acumulado de janeiro a maio deste ano, o grupo apresenta ligeira vantagem sobre o resultado da GM: 17,1% contra 16,9%.

De acordo com Filosa, a FCA espera que a América Latina seja a região do mundo onde os seus negócios mais cresçam. A projeção é de expansão anual média de 5% do faturamento ao longo dos próximos cinco anos.

A reportagem procurou pela assessoria de comunicação da Fiat em Betim e aguarda retorno.

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