Três hospitais mineiros preparam investimentos de R$ 180 milhões para passar pela certificação de qualidade da Agência Nacional de Saúde (ANS) junto a instituições que atendem a usuários de planos de saúde. O Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, o Hospital do Câncer, em Muriaé, e a Santa Casa de Misericórdia de Passos são voluntários no processo, que dará um novo instrumento de informação e escolha aos pacientes.

Até junho, a adesão é facultativa. A partir do segundo semestre, porém, a avaliação será obrigatória a todos os estabelecimentos pertencentes à rede própria de operadoras. Quem não cumprir a determinação estará sujeito a penalidades.

Aos demais, pelo menos por enquanto, a análise continuará opcional. No país, na primeira fase de testes, 42 hospitais se voluntariaram, aí incluídos os três de Minas.
“É nosso interesse ser voluntário. Aliás, não fazemos mais do que a obrigação, uma vez que prezamos pela melhoria na prestação de serviços e pela qualidade. Tanto que já temos o selo ONA- 3 (Organização Nacional de Acreditação, no nível máximo)”, relata o presidente do Instituto Mário Penna, Miguel Martini, que administra os hospitais Mário Penna e Luxemburgo, ambos na capital mineira.

A maior parte do dinheiro – até R$ 150 milhões – será investida pelo Luxemburgo. Referência em oncologia e parceiro de mais de 50 convênios, o hospital acaba de finalizar a reforma da enfermaria. Cinquenta e quatro quartos também serão reformados. Os planos incluem a ampliação e a adequação do Pronto-Atendimento e a implantação do Protocolo de Manchester, metodologia científica que confere classificação de risco para os pacientes que buscam atendimento em uma unidade de urgência e emergência, e que exige treinamento específico da equipe.

Dois equipamentos de última geração usados para radioterapia e radiocirurgia, conhecidos como acelerador linear, já foram comprados. O primeiro entra em operação no dia 18 de fevereiro. O segundo chega no final de 2013.
 
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