Quatro indicadores preocupantes de desempenho industrial foram divulgados ontem, todos apontando para recuo de importantes setores econômicos na comparação com 2015. A produção global da indústria brasileira, o emplacamento de veículos novos, a demanda por voos comerciais e a indústria de papelão ondulado continuam apresentando forte desaceleração.
Os Indicadores Industriais divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostraram queda generalizada em outubro. O emprego na indústria recuou 0,6% na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal, o que representa o 21º mês consecutivo de baixa. Em relação a outubro de 2015, houve queda de 6%. Com isso, no acumulado de 2016 até outubro, o emprego no setor industrial registra queda de 8,0% ante o mesmo período do ano passado.
O faturamento real das indústrias, que havia registrado leve melhora em setembro, cedeu 3,3% em outubro, na margem, conforme a série com ajuste sazonal. Na comparação com outubro de 2015, o faturamento despencou 18,0%. No acumulado de janeiro a outubro de 2016, o faturamento industrial registra queda de 13,1%.
Já as vendas de papelão ondulado utilizados em embalagens das indústrias – caixas, acessórios e chapas – caíram 7,58% em outubro de 2016 ante mesmo mês de 2015, para 281,297 mil toneladas. Na comparação com setembro de 2016, a alta foi de 2,11%. Os dados são da Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO).
Veículos
Outro indicador divulgado ontem foi o de venda de veículos novos, que subiu 12% em relação a outubro, mas ainda apresenta queda 8,74% em comparação com novembro do ano pass<CW-24>ado. No acumulado de janeiro a novembro, os emplacamentos somam 1,845 milhão de unidades, retração de 21,16% sobre o resultado alcançado em igual intervalo do ano passado. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Já a demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros registrou queda de 5,64% em outubro de 2016 na comparação com o mesmo mês de 2015, informou ontem a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com o resultado, o setor aéreo brasileiro já registra 15 meses consecutivos de retração. No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, a demanda doméstica acumula baixa de 6,32% frente igual etapa de 2015.