PROJEÇÃO

Levantamento da CNI mostra que EUA perdem mais que o Brasil com tarifaço de Trump

Relevante para faturamento da indústria brasileira Participação norte-americana é , mas PIB norte-americano será o mais afetado

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 16/07/2025 às 17:38.Atualizado em 16/07/2025 às 17:40.

Prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto, a sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano às exportações brasileiras terão impacto negativo maior para os Estados Unidos do que para a economia brasileira. Outros parceiros comerciais também já sofrem ou estão na mira das sanções estabelecidas pelo presidente Donald Trump, o que potencializa o estrago, aponta levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

O estudo estima que o tarifaço pode reduzir em 0,16% o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e da China, além de provocar uma queda de 0,12% na economia global e uma retração de 2,1% no comércio mundial (US$ 483 bilhões). No entanto, mostra que as medidas da Casa Branca - que afetam mais 14 países, devem encolher 0,37% o PIB americano.

CNI espera que "racionalidade" prevaleça

A projeção foi feita a partir de fontes oficiais e estudos econômicos do IBGE, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e Universidade Federal de Minas Gerais, e traça um panorama das relações comerciais Brasil-EUA. 

“Os números mostram que esta política é um perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos. A indústria brasileira tem nos EUA seu principal mercado, por isso a situação é tão preocupante. É do interesse de todos avançar nas negociações e sensibilizar o governo americano da complementariedade das nossas relações. A racionalidade deve prevalecer”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Estados brasileiros mais afetados (PIB)

  • São Paulo: - R$ 4,4 bilhões
  • Rio Grande do Sul: - R$ 1,9 bilhão
  • Paraná: - R$ 1,9 bilhão
  • Santa Catarina: - R$ 1,7 bilhão
  • Minas Gerais: - R$ 1,66 bilhão

Raio-X Brasil e Estados Unidos

  • O Brasil aplica tarifa média de 2,7% às importações de produtos americanos;
  • Nos últimos dez anos (2015-2024), os EUA mantiveram superávit consistente com o Brasil: US$ 43 bilhões em bens, US$ 165 bilhões em serviços;
  • Os EUA são o 3º maior parceiro comercial do Brasil, sendo o destino de 12% das exportações brasileiras e a origem de 16% das importações;
  • Os EUA são o principal destino das exportações da indústria de transformação, correspondendo a 78,2% das exportações em 2024.
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