Luciano Coutinho: renda fixa complementará infraestrutura

Beatriz Bulla e Francisco Carlos de Assis
01/11/2013 às 10:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:50

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta sexta-feira (1º), que há condições de crescimento no mercado de renda fixa em grande escala, segmento que complementará o leque de investimentos de projetos de infraestrutura de longo prazo no País. Ele participa do 5º Seminário Anbima de Renda Fixa e Derivativos de Balcão em São Paulo.

Coutinho ressaltou a importância do ciclo de investimentos em infraestrutura para o crescimento da economia brasileira. De acordo com ele, o BNDES está comprometido em dar suporte ao mercado de títulos voltados para a infraestrutura e isso significa constituir uma "âncora" para os projetos de longo prazo. No entanto, é importante desenvolver uma agenda de melhorias com regras claras e ao mesmo tempo um programa de educação para os investidores.

Ele mencionou que é "crucial nesta conjuntura histórica que o mercado de capitais desenvolva essa nova dimensão de financiamento de longo prazo". Coutinho apontou que o tema da liquidez é um desafio chave neste momento. "É essencial avançar em termos de criar aperfeiçoamentos e escala nas transações secundárias para o mercado de renda fixa, especialmente para títulos de infraestrutura", afirmou.

Ele apontou que o mercado hoje ainda é "restrito, pouco transparente" e disse que "boa parcela das emissões permanece encarteirada nas instituições". Por isso, o presidente do BNDES apontou que é "desejável" criar uma agenda construtiva com volume mais robusto de operações secundárias.

Ele ressaltou a importância de "tornar a precificação nítida" e reduzir o spread entre preços de compra e venda, "que ainda permanece em nível elevado". Coutinho apontou que o BNDES já vem trabalhando nesse sentido, "inclusive na desindexação desse mercado do CDI" e afirmou que a instituição está disposta a compartilhar garantias na emissão de títulos a longo prazo. "Cerca de R$ 4,5 bilhões já foram emitidos e nós já enxergamos à nossa frente, no próximo ano, algo em torno de R$ 9,5 bilhões de novas emissões."
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