Lula quer fazer acordo com Minas para resolver dívida de mais de R$ 160 bilhões
Chefe do executivo brasileiro está em Belo Horizonte, onde vai anunciar uma série de obras e investimentos para o Estado
(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (8) que pretende fazer um acordo com Minas Gerais para resolver a dívida de R$ 160 bilhões que o Estado possui com a União. O petista está em Belo Horizonte para anunciar uma série de obras e investimentos para o Estado.
“Não queremos sufocar Minas Gerais. Queremos, dentro daquilo que for possível, construir um acordo. Não só com Minas, mas com outros estados, para que a gente possa resolver o problema do endividamento dos estados brasileiros, para que as coisas possam voltar à normalidade”, disse Lula, em entrevista à rádio Itatiaia, nesta quinta.
O presidente também falou sobre a opção de propor a federalização de algumas estatais mineiras, para amortizar parte da dívida, sugerida pelo senador Rodrigo Pacheco (Podemos). Os nomes apresentados foram a Cemig e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que explora jazidas de nióbio no Alto Paranaíba.
“Não vou dizer o que vai entrar no acordo, se a Cemig vai entrar ou não, porque não tenho, ainda, um parecer do Ministério da Defesa. Mas o que queremos é fazer um acordo, porque não interessa para nós ter os estados endividados, sem nenhuma capacidade de investimento”, assinalou.
Lula afirmou que as soluções apresentadas por Pacheco ao Ministério da Fazenda estão em fase de análise, e que quando for possível, vai conversar com o governador Romeu Zema (Novo) sobre um possível acordo.
“Vou dizer que fiquei muito feliz quando o presidente do Senado apresentou a proposta, junto com o ministro Alexandre Silveira (de Minas e Energia). A proposta está, neste momento, no Ministério da Fazenda. (Fernando) Haddad está estudando e também demonstrou interesse na proposta. Quando a Fazenda der o ok, vamos conversar com o governador para saber se é possível fazer um acordo”, projetou.
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