A manutenção da taxa Selic - juros básicos da economia - em 15%, anunciada nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central (BC), foi criticada pelo setor de comércio e serviços da capital mineira. Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a medida pode até representar uma pausa no ciclo de sete aumentos consecutivos, mas está longe do ideal.
Segundo a CDL, a permanência da taxa no patamar atual adia o alívio na política monetária do país. “Estamos no maior patamar da Selic em quase 20 anos, o que já é uma situação preocupante. Isso fragiliza a confiança do empresário e do consumidor”, disse o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
A taxa está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Segundo o BC a interrupção do ciclo de aumento de juros se deve ao recuo da inflação e ao início da desaceleração da economia.
“A expectativa das autoridades econômicas é que a Selic chegue a um patamar levemente aceitável somente a partir do ano que vem. Entendemos que o cenário externo apresenta adversidades e incertezas, particularmente relacionado às políticas comerciais e fiscais dos Estados Unidos, e isso exige cautela na condução da política monetária doméstica, contudo, casa não haja uma resposta mais enfática do governo, o setor de comércio e serviços tende a enfrentar desafios econômicos como dificuldade de acesso ao crédito, dificuldade de renegociação de dívidas”, acrescentou Marcelo de Souza e Silva.
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